O processo de entrega dos perto de 500 mil Magalhães encomendados no âmbito do programa e-escolinha deverá estar concluído antes do prazo previsto inicialmente, que apontava para o final do corrente ano lectivo. A totalidade dos computadores será entregue até Abril de 2009, segundo João Paulo Sá Couto, administrador da JP Sá Couto, empresa que integra o consórcio de promotores do projecto como assembladora.

João Paulo aproveitou para esclarecer, numa conferência de imprensa realizada hoje, que a JP Sá Couto nada tem a ver com os problemas de distribuição que esta quinta-feira apareceram mencionados nos media nacionais, garantindo que a empresa está "desejosa" de entregar as várias dezenas de milhar de Magalhães que já tem em stock.

A JP Sá Couto inaugura no próximo sábado mais duas linhas de montagem - ainda na actual fábrica de Matosinhos -, de modo a assegurar uma maior produção em série dos modelos Magalhães. Segundo o administrador da empresa, com este investimento a capacidade de produção mensal vai passar das actuais 40 mil unidades para as 75 mil.

Para o início de Novembro está prevista a inauguração de uma nova unidade fabril, na mesma região, que criará 300 a 400 novos postos de trabalho directos e que no segundo trimestre de 2009 estará a produzir 250 mil computadores Magalhães ao mês.

Com um investimento total de 30 milhões de euros - 20 milhões em infra-estrutura e 10 milhões em equipamento básico - a nova fábrica surge maioritariamente para dar respostas às encomendas internacionais.

Além do fornecimento para o e-escolinha, a JP Sá Couto já tem assegurada a encomenda de um milhão de Magalhães para a Venezuela, um processo que se inicia no próximo mês de Dezembro e que se prolongará durante 2009.

Angola, Moçambique, Líbia, Argentina, Bélgica e Hungria são alguns dos países com os quais a empresa mantém actualmente negociações para a exportação do conceito.