A EB1 de Várzea de Abrunhais, em Lamego, que no ano passado foi escolhida pela Microsoft para integrar a rede mundial de escolas inovadoras, foi encerrada este ano lectivo. Os alunos, que antes trabalhavam em wireless, com os seus Magalhães ligados ao quadro interactivo, estão agora num estabelecimento de ensino onde não há telefone nem Internet.
A notícia, avançada pelo jornal Público esta quinta-feira, surge no seguimento do anúncio feito ontem pela Microsoft, relativo à selecção de mais duas escolas portuguesas para o mesmo projecto: a Secundária de Lagoa, nos Açores, e a EB 2,3 de Nevogilde, em Lousada, a cerca de 50 quilómetros do Porto.
A Escola Básica do 1.º Ciclo de Várzea de Abrunhais já não abriu este ano lectivo, tendo os seus cerca de 30 alunos sido transferidos para o novo centro escolar construído em Ferreirim (Lamego Sudeste).
Quase duas semanas depois de o ano lectivo ter arrancado, o trabalho que colocou a escola de Lamego no "mapa" das mais inovadoras está suspenso e sem garantias de poder ser retomado. "A aldeia foi posta no mundo e é pena que isto se deite tudo a perder . Sem Internet, os blogues não podem ser alimentados e os alunos não podem continuar a mandar os trabalhos por email ", lamenta Maria do Carmo Leitão, ex-directora do antigo estabelecimento de ensino, em declarações ao Público.
O projecto Amigos do Magalhães, mediante o qual Maria do Carmo Leitão se propunha pôr os seus alunos a ensinar os novos colegas a usar as novas tecnologias também está em pendente. "A ideia era que os miúdos aprendessem a usar o computador como instrumento curricular, em vez de se limitarem a usá-lo como máquina de jogos, mas a maioria dos alunos deste centro escolar já não tem os computadores ou ainda tem, mas de tal modo deteriorados que se tornaram irrecuperáveis."
As escolhas deste ano
Portugal tem dois novos estabelecimento de ensino a figurar no Programa das Escolas Inovadoras promovido pela Microsoft a nível internacional, à semelhança do que aconteceu com a EB1 de Várzea de Abrunhais no ano passado. A escolha recaiu sobre as escolas EB2,3 de Nevogilde (Lousada) e a Secundária de Lagoa (Açores).
Na EB 2,3 de Nevogilde, em Lousada, com cerca de 800 alunos, há muito que os sumários dispensam papel e esferográfica. "Temos o WebUntis, que é o nosso livro de ponto digital, onde os professores escrevem os sumários, marcam as faltas dos alunos, os trabalhos de casa e escrevem observações, e que pode ser visto pelos pais em casa", descreve a directora Luísa Lopes.
A dinamização de uma rádio e de uma webtv são outros projectos que contribuiram para a escolha desta escola, além da existência de vários blogues.
Na Secundária de Lagoa, nos Açores, os quadros a giz também já desapareceram. "Cada turma pode trabalhar online, 24 horas por dia, sete dias por semana", enfatiza o director Leonardo Amaral, satisfeito com a inclusão da sua escola no programa que a Microsoft promove em 114 países.
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