Apesar das casas impressas em 3D não serem uma novidade no domínio da arquitetura, como a House Zero, assim como soluções que estão a ser investigadas para as construções na Lua e Marte, a Universidade do Maine reclama a primeira impressa 100% utilizando apenas materiais recicláveis. Ao contrário de outras soluções que ainda recorrem a betão e materiais comuns da construção civil recorrendo a impressoras 3D, a BioHome3D pretende ser uma mensagem de sustentabilidade.

A casa foi construída totalmente com fibras de madeira e resinas biológicas, uma proposta que os investigadores afirmam poder ser a solução para a crise de habitação que os Estados Unidos enfrentam atualmente. Para construir a casa foram utilizadas as maiores impressoras 3D do mundo, que foram já registadas nos recordes do Guinness e que anteriormente já haviam impresso o maior barco 3D, com mais de 21 metros de comprimento. A divisão de investigação de estruturas da universidade criou recentemente uma versão da impressora 3D totalmente focada na utilização de materiais biológicos.

Veja na galeria imagens da casa:

A BioHome3D é um protótipo com cerca de 55 metros quadrados, com paredes e telhado construídos de materiais sustentáveis. Toda a casa é totalmente reciclável, não necessitando das habituais semanas ou meses para ser construída, mas sim metade de um dia para montar as peças após serem impressas. Um eletricista consegue eletrificar toda a estrutura em pouco mais de duas horas. Contas feitas, não se sabendo ao certo quanto tempo demora a imprimir as paredes e alicerces, uma casa pode ficar habitável num dia ou dois.

E nesse sentido, pretende ajudar o governo dos Estados Unidos a poupar no escaço material e mão-de-obra que alimenta a crise de habitação do país. É referido que só no estado do Maine já existe a falta de cerca de 20 mil casas e 7 milhões no país, problema que já se vinha a arrastar ainda antes da pandemia e, entretanto, agravada com a falta de matérias-primas.

Veja o vídeo da casa a ser impressa a 3D:

Os investigadores explicam que o desperdício da construção é praticamente eliminado, devido à precisão do processo de impressão. “O nosso estado está a enfrentar a tempestade perfeita da crise imobiliária e falta de mão-de-obra, mas a Universidade de Maine está novamente a mostrar que pode resolver desafios sérios com a nossa marca de genialidade”, refere o instituição.

O protótipo está equipado com sensores para medir a temperatura, o ambiente e a estrutura, para testar a performance da casa durante o inverno do Maine e melhorar futuros designs.

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