Dentro de pouco tempo os smartphones podem ser laboratórios ambulantes de análise ao sangue. O doutorando Worawut Srisukkham da Universidade de Northumbia, no Reino Unido, está a desenvolver um sistema que vai permitir detetar sinais de leucemia no sangue com a ajuda de uma aplicação.



O software vai analisar padrões gráficos para tentar detetar os sinais que podem ser indicadores de leucemia. As imagens serão obtidas com a ajuda de um acessório que transforma a câmara fotográfica do telemóvel num microscópio. Bastará então colocar uma amostra de sangue numa lamela, captar uma imagem com o microscópio-telemóvel e executar o resultado na aplicação.



O desenvolvimento do projeto ainda está numa fase inicial, mas um protótipo do mesmo vai ser mostrado na Maker Faire de Londres. A Maker Faire é um dos maiores eventos mundiais dedicados aos criadores e inventores de tecnologia, sendo que a primeira edição portuguesa vai acontecer em setembro em Lisboa.



Worawut Srisukkham tem como principal objetivo desenvolver o sistema para que possa ser usado por pessoas das chamadas economias emergentes, locais onde o acesso à saúde é por vezes escasso e onde os smartphones são o único meio tecnológico disponível. Um único indivíduo, como o médico local, podia ajudar a diagnosticar casos de leucemia em fases preliminares da doença.



De acordo com um comunicado do Alpha Galileo, estima-se que em 2012 existissem mais de 350 mil pessoas afetadas por leucemia em todo o mundo. Com a tecnologia de análise ao sangue, que será de baixo custo segundo Srisukkham, podiam ser evitadas milhares de mortes todos os anos.



A informação divulgada revela ainda que a área da saúde, sobretudo os serviços digitais de saúde, vão ser um dos principais sectores em destaque na Maker Faire UK, assim como a robótica e a impressão 3D.


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