Poupar o ambiente é sinónimo de poupança na carteira, defende uma análise recente sobre eficiência energética de televisores de ecrã plano, levada a cabo pela GfK.

De acordo com os dados, recolhidos entre Janeiro e Março, o factor determinante no consumo de electricidade de uma televisão é, indubitavelmente, o tamanho do ecrã. Apesar disso, os gastos apresentam grandes variações consoante o grau de eficiência dos equipamentos conseguido pelos 10 maiores fabricantes.

Segundo as contas da GfK, as diferenças podem justificar que se opte por um equipamento com um custo inicial mais elevado, que será depois recuperado em poupança nas contas de electricidade.

O exemplo utilizado no estudo é o da Alemanha, onde, em média, os LCDs de 32 polegadas apresentam um consumo de 123 watts, os de 42 polegadas gastam 187 watts e os de 47 polegadas atingem os 235 watts.

Mas o modelo mais eficiente dos considerados para o tamanho de 32 polegadas consome apenas 75 watts, o que equivale a metade da energia consumida pelo mais "dispendioso", que precisa de 151 watts.

Os custos, num período de vida de sete anos de um equipamento, corresponderão a uma diferença de gastos com electricidade na ordem dos 200 euros, "o que, certamente compensará as diferenças no preço de aquisição", afirma a multinacional - sem avançar nomes de modelos ou marcas.

Outra das conclusões realçadas prende-se com o tipo de tecnologia usada, com destaque para poupança conseguida pelos equipamentos LED - ficando, ainda assim, claro que a diferença de preço será, nestes casos, recuperada.

A empresa de estudos de mercado explica que a opção por dispositivos com este tipo de retroiluminação reduz em cerca de 30 por cento o consumo de energia de um ecrã de 32 polegadas, mas também aqui o nível de eficiência muda em função da fabricante, e pode apresentar variações de até 50 por cento.

A GfK propõe a seguinte conta: apontando para os 720 euros o preço médio de uma TV com tecnologia LED, este é de aproximadamente mais 190 que a média noutro tipo de dispositivos. No entanto, se tivermos em conta todo o período médio de vida do equipamento (e as poupanças no consumo) a diferença como que se esbate, apontando para um custo de aquisição que "na prática" será de apenas mais 80 euros.