O governo dos Estados Unidos revelou, esta segunda-feira, novas medidas que restringem ainda mais a exportação de chips e tecnologias de inteligência artificial (IA), numa tentativa de manter a supremacia americana em computação avançada e limitar os progressos da China.

As novas regras impõem limites ao número de chips de IA que podem ser exportados para a maioria dos países, permitindo, no entanto, acesso ilimitado à tecnologia para os aliados mais próximos dos EUA. O embargo às exportações para China, Rússia, Irão e Coreia do Norte será mantido.

Apresentada nos últimos dias da administração do presidente cessante Joe Biden, a regulamentação visa reforçar o domínio dos EUA na área da IA, estabelecendo controlos rigorosos na circulação de chips e desenvolvimento global da tecnologia.

"Os EUA lideram atualmente o desenvolvimento de IA e o design de chips de IA. É crucial que assim permaneça", afirmou Gina Raimondo, Secretária do Comércio, citada pela Reuters.

A medida encerra um esforço de quatro anos da administração Biden para dificultar o acesso da China a chips avançados, que poderiam melhorar as suas capacidades militares, e reforça a liderança americana em IA ao fechar lacunas existentes nas regulamentações.

Embora a implementação da regra pela futura administração de Donald Trump permaneça incerta, ambos os governos partilham preocupações sobre a ameaça A regulamentação entrará em vigor 120 dias após a publicação, permitindo tempo para ajustes competitiva da China. As restrições também incluem limites aos GPU avançados, essenciais para treinar modelos de IA.

Fornecedores de serviços na nuvem como Microsoft, Google e Amazon, poderão solicitar autorizações globais para construir centros de dados em países afetados pelas quotas de exportação, acelerando o acesso à IA sob controlo rigoroso dos EUA.