Em 2016, o Facebook criou o Building 8, uma unidade com o objetivo de criar projetos extraordinários e “fora da caixa” e é daí que surge uma tecnologia que permite aos utilizadores receber mensagens na pele.

A ideia é construir um sistema não invasivo que capta sinais de fala dentro do cérebro e permita que as pessoas transformem silenciosamente esses pensamentos em texto a uma velocidade de 100 palavras por minuto.

 “É uma linguagem a que chamamos ‘transcutânea’, ou TLC, que transmite uma representação da língua falada ou escrita no braço”, explica a equipa do Facebook num relatório. “Os utilizadores recebem as mensagens sem olhar para o ecrã dos seus dispositivos.”

A lembrar um gesso, o protótipo tem oito painéis sensoriais que, quando ativados, provocam vibrações no braço em padrões que combinam com certos sons.

tek touch

Num estudo, os investigadores foram capazes de ensinar as pessoas a sentir quatro diferentes fonemas (os sons individuais que formam as palavras num idioma) em três minutos. Durante mais de uma hora e meia de treino, os participantes aprenderam a reconhecer 100 palavras.

O projeto inspirou-se na escrita em braille e do tadoma, um tipo de comunicação em que as pessoas encostam os dedos à garganta e lábios de quem está a falar e os autores da pesquisa acreditam que esta pode ser bastante benéfica para os utilizadores com problemas de audição.

“O toque e a vibração têm provado o seu valor como métodos praticáveis de comunicação”, lê-se no relatório que também defende que “a visão deixa de estar sobrecarregada com a língua gestual além de outra informação visual".

A tecnologia vai ser apresentada em Montreal, no Canadá, durante a CHI 2018, uma conferência anual sobre a interacção entre humanos e máquinas.