A Ubisoft tem no seu catálogo alguns títulos com uma forte componente multijogador, como o caso de For Honor, Rainbow Six Siege ou The Division. São muitas as queixas dos jogadores, seja pelos tempos de carregamento, emparelhamento de jogadores ou instabilidade dos servidores das partidas. De forma a melhorar o seu serviço online, a editora gaulesa fez uma parceria com a Google para criar a plataforma Agones, assente na tecnologia de computação em nuvem da gigante tecnológica.
O projeto Agones, palavra grega que significa “competição”, assenta em tecnologia open source para o alojamento e gestão de servidores dedicados de jogos multijogador. A plataforma foi construída com base na tecnologia de computação na nuvem Kubernetes, que são contentores criados para abrir sessões de jogo rapidamente para as partidas. Como os jogos decorrem por curtos períodos, o sistema é capaz de abrir e fechar rapidamente uma partida. Além disso, o Agones contém sistemas de anti-batota para controlar os jogadores mal-intencionados.
Segundo Carl Dionne, diretor de desenvolvimento da Ubisoft, as equipas de produção conseguem integrar facilmente o Agones nos seus jogos, devido à sua natureza open source, libertando os produtores das dores de cabeça associadas à afinação das suas plataformas. Junta-se assim a preocupação da editora francesa em produzir os melhores jogos e a Google em penetrar na indústria, libertando o convite a outras empresas que desejem utilizar esta solução.
Atualmente, o sistema de computação em nuvem da Google encontra-se em terceiro lugar na oferta, sendo a Amazon Web Services o líder do mercado, seguido pela Azure da Microsoft.
Até à data, o sistema Agones ainda não foi implementado em nenhum videojogo. A Ubisoft está a ultimar o lançamento de Far Cry 5, previsto para o final do mês, e anunciou recentemente a sequela de The Division.
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