A Google revelou este domingo que o seu mais recente sistema de condução automática está a ser incorporado no modelo Pacifica da Chrysler, com quem fechou uma parceria em dezembro do ano passado para a produção de 100 destes veículos com capacidades autónomas, e o carro apresentado é um deles.

Durante a sessão de inauguração da feira automóvel NAIAS, em Detroit (EUA), John Krafcik avançou que os Chrysler Pacifica vão começar a calcorrear as estradas dos estados do Arizona e da Califórnia já em janeiro, dando arranque à fase de testes.

O anúncio está em linha com o que o CEO da Waymo, a unidade automobilística da Google, tinha avançado no mês passado.

Citado pela Reuters, o responsável explica que o novo sistema de condução autónoma que vai ser implementado nos Pacifica está equipado com um conjunto de novos e mais precisos sensores, que melhoram a capacidades de deteção e navegação do veículo.

Embora não se saiba ainda quando será dado início à produção em massa e comercialização destes carros, já é mais do que evidente que a Google está a “mover céu e terra” para deixar a sua marca no mercado dos veículos autónomos e conquistar uma posição de destaque.

Há poucas semanas, foi revelado que a japonesa Honda está em negociações com a Waymo, uma parceria que tem como objetivo o fornecimento de veículos para que tecnológica de Mountain View possa integrar e testar o seu software de condução autónoma.

Vale a pena frisar que este segmento emergente está a ser alvo de investimentos avultados, tanto por parte das empresas tecnológicas que desenvolvem o software como por parte das fabricantes automóveis que produzem os veículos.

Contudo, nos últimos tempos tem sido possível observar a transição de um modelo de competição entre os membros das duas esferas, distintas e concorrentes, para um de cooperação e aliança, em que são alavancadas as capacidades de cada um dos parceiros, especialistas nos seus respetivos campos.

Carros cada vez autónomos, humanos cada vez menos precisos

Durante 2016, os veículos autónomos da Waymo precisaram muito menos de intervenção do condutor humano do que no ano anterior.

Segundo a Bloomberg, o número de vezes que o sistema de condução automática teve de ser desativado para que o humano pudesse assumir o comando do veículo caiu 75%, o que poderá comprovar a cada vez maior eficiência deste novo paradigma de mobilidade.