A Google solicitou ao juiz federal que apreciou o processo antitrust contra a Microsoft em 2002 que a monitorização feita à empresa de Bill Gates desde então se prolongue no tempo, de forma a ser possível verificar o cumprimento dos novos compromissos assumidos para o Windows Vista.



No final da semana a Microsoft, cedendo a pressões da Google e do Departamento de Justiça norte-americano, já se tinha comprometido a alterar aspectos relacionados com a funcionalidade de pesquisa na nova versão do seu sistema operativo.



A decisão parecia ter dado resposta a uma queixa judicial apresentada pela concorrente em Abril, que acusava a Microsoft de limitar a concorrência ao tornar praticamente impossível a utilização de outras aplicações de pesquisa do PC no Vista, para além do Instant Search.



O novo pedido à justiça americana revela no entanto que a Google não está satisfeita com a alegada abertura da Microsoft para alterar as configurações do Vista ao nível da pesquisa, já que vem solicitar uma monitorização da justiça aos compromissos assumidos, nos mesmos moldes em que foi traçada a propósito do caso antitrust de 2002.



Neste processo, que se arrastou longamente, o tribunal federal estipulou um conjunto de obrigações a que a Microsoft ficaria sujeita (nomeadamente ao nível da documentação técnica partilhada com os concorrentes que quisessem integrar as suas aplicações no Windows) e estipulava um período de monitorização durante o qual periodicamente a Microsoft tinha de prestar contas ao tribunal, relativamente ao cumprimento dessas obrigações.



Essa obrigatoriedade de report termina em Novembro (embora em algumas das suas componentes já tenha sido estendida até 2009) mas a Google pede que se prolongue por mais algum tempo, a fim de serem garantidas as novas alterações que a Microsoft se comprometeu a fazer na área da pesquisa.



Recorde-se que a queixa apresentada pela Google esta acusava a Microsoft de dificultar a utilização de outras aplicações de pesquisa no desktop, fabricadas por terceiros, limitando a concorrência.



A resposta da Microsoft chegou na semana passada com o compromisso de alterar esta situação e facilitar a utilização de outras aplicações de pesquisa no PC, permitindo inclusive aos integradores pré-instalarem software de outros fornecedores, mas só no final do ano, já depois de terminado o prazo de monitorização judicial.



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