Depois de ter sido prometido "até final de Dezembro" o concurso para a escolha do novo computador portátil para os alunos do primeiro ciclo já está oficialmente aberto, confirmou fonte do Ministério da Educação. O anúncio do concurso vai ser publicado nos próximos dias em Diário da República e no jornal oficial da UE.

O objectivo é a aquisição de 250 mil computadores para serem distribuídos a alunos e também a professores através do programa e-escolinha, substituindo os já conhecidos Magalhães. Recorde-se que o Governo já aprovou uma despesa máxima de 50 milhões de euros para este processo de aquisição que prevê uma duração de 3 anos para o programa.

Os fornecedores interessados em entrar no concurso têm agora 48 dias para apresentar as propostas, sendo que vários fabricantes já manifestaram o seu interesse em participar, nomeadamente a J.P. Sá Couto - que representa o Magalhães - mas também a HP, a Toshiba, a Acer e a Dell.

Apesar deste interesse, manifestado antes do conhecimento dos termos do concurso, alguns destes fabricantes adiantaram já ao TeK que a apresentação de uma proposta ficará dependente das condições exigidas, já que é necessário garantir uma margem que sustente o desenvolvimento do apoio técnico necessário durante o tempo de vida das máquinas, não podendo ser considerado somente o custo do hardware.

Entre esses fabricantes, chegou mesmo a haver quem referisse que, caso as condições de preço fossem muito limitativas, seria possível que nem sequer fossem garantidas respostas aos concursos por parte dos grandes fabricantes.

Embora o Magalhães seja um dos netbooks mais adaptado às exigências do mercado da educação, pelas suas características de robustez e resistência adaptadas ao uso pelas crianças, a Dell tem também uma oferta semelhante nos Estados Unidos.

A HP e a Toshiba têm também vindo a investir no mercado dos portáteis de baixo custo, mas com modelos mais adaptados a um uso "normal". Os netbooks da Toshiba estão porém a ser utilizados num programa espanhol com contornos semelhantes ao e-escolinhas.

A adjudicação da compra dos portáteis Magalhães à J.P. Sá Couto para o primeiro ano do programa e-escolinha tem sido uma das principais fontes da polémica associada a esta iniciativa, estando a ser analisada na Comissão Europeia e também no Parlamento português, onde é hoje debatida uma proposta do PSD para criar uma comissão de inquérito sobre a Fundação responsável pela gestão do e-escolinha.

Nota da Redacção: Foi corrigida uma gralha no terceiro parágrafo onde, por erro, tinha sido repetido o nome de uma das empresas.

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