A HP, a Dell e a Leonovo não conseguiram aumentar as suas pontuações no Guide to Greener Electronics da Greenpeace, hoje divulgado.


As fabricantes recuaram no compromisso de acabar com a utilização de PVC e retardantes de chamas com brominatos (BFR) nos seus produtos, e mantêm a penalização que já lhes tinha sido atribuída na edição de Março do ranking.


A HP já recebeu um aviso público sobre a necessidade de tornar prioritário o fim das substâncias químicas tóxicas, quando os activistas da Greenpeace devolveram à sede da empresa na China os "portáteis tóxicos" da marca, durante a semana passada.


Hoje, os trabalhadores da HP na Holanda foram recebidos quando chegavam às instalações da empresa por activistas que os confrontavam com fotografias da poluição provocada em África e na Ásia pelos produtos tóxicos utilizados pela marca.


Ao que tudo indica, a associação ambientalista vai intensificar a pressão sobre esta e outras empresas que falharam no cumprimento dos compromissos ambientais que voluntariamente assumiram.


"A Greenpeace leva os compromissos voluntários muito a sério e responsabiliza as companhias pelas suas promessas. Não há desculpas para recuos, nem razões para estas companhias não começarem já a fabricar computadores sem PVC e BFR", afirmou o responsável da Greenpeace pelas campanhas contra o uso de tóxicos, Tom Dowdall.


Em 14º lugar, a HP continua a ficar para trás na tabela, desconsiderando o compromisso que assumiu em 2007: prescindir de forma faseada, entre 2009 e 2011, do PVC e dos BFR no fabrico dos seus componentes informáticos, à excepção dos servidores e impressoras. Ao contrário da Dell e da Leonovo, a HP ainda nem sequer começou a colocar no mercado produtos com menos quantidade destes componentes.


No extremo oposto encontra-se a Nokia, que se mantém no primeiro lugar do ranking, classificada com 7,4 pontos em 10. A Samsung (7.1 pontos) e a Sony Ericsson (6,5 pontos) ocupam o segundo e terceiro lugares.


A LG, a Toshiba e a Motorola subiram aos quarto, quinto e sexto lugares e a Sony caiu da quinta para a 12ª posição.


O responsável da Greenpeace destacou ainda os novos computadores da Apple, quase sem PVC e completamente livres de BFRs, como exemplo da viabilidade técnica e da rapidez na produção de alternativas a estas substâncias perigosas.