O Departamento dos Transportes norte-americano e várias empresas do país foram alvo de ataques informáticos que resultaram no furto de informações privadas das companhias.




As operações foram efectuadas com base em emails e publicidade falsa que seduziam os funcionários das organizações com propostas de emprego adulteradas. A lista das vítimas inclui diversas empresas conhecidas por prestar serviços a agências governamentais, entre as quais a Booz Allen, Unisys, L-3 Communications, Hewlett-Packard e a Hughes Network Systems, refere Mel Morris, presidente executivo da Prevx.




As empresas envolvidas no caso recusam-se a prestar declarações acerca do sucedido, à excepção do departamento governamental norte-americano que afirma não entender como as ameaças se propagaram uma vez que não foi encontrada qualquer falha de segurança nos sistemas.




Os especialistas de segurança indicam que neste caso "foi utilizado malware que não é reconhecido pelo software anti-virus", o que permitiu que as ameaças entrassem nos sistemas sem serem detectadas. Para isso, dirigiram os ataques a um grupo específico de utilizadores, de forma a manter o tráfego a um nível inferior ao detectado pelos radares de segurança.




Ainda não se sabe se as informações roubadas já foram utilizadas mas, para prevenir novos ataques, diversas empresas de segurança já começaram a disponibilizar patches de segurança para fazer frente ao software malicioso.




De acordo com a Reuters, o ficheiro NTOS.exe, possivelmente utilizado neste caso, investiga informações confidenciais nos computadores das vítimas enviando-a para um site alojado nos servidores Yahoo, um destino online do qual a maioria dos utilizadores nunca desconfiaria, diz Mel Morris. O mesmo site aloja informações furtadas de mais de mil computadores.



O mesmo responsável confirma que já desencriptou diversos dados após o pedido do FBI, que se encontra a investigar o caso.




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