A Terminus Group realizou uma conferência para falar da evolução da inteligência artificial generativa e as suas aplicações úteis quando esta é introduzida em novos produtos criados de raiz. Victor AI, o CEO da empresa, destacou como a IA já é uma parte fundamental da nossa experiência diária. Ou pelo menos como esta poderá ser quando integrada nos seus novos wearables.
Durante a sua conferência no Web Summit, Victor AI descreveu a sua empresa como uma IaaS, ou seja, Intelligence as a Service, um conceito que vamos passar a ver mais no futuro e que pretende revolucionar as interações humanas com a IA. Traçou ainda aquilo que era a anterior Era Digital, onde os humanos utilizavam linhas de comando de interfaces gráficas para interagir com os sistemas através de cliques em botões. Agora, na Era Inteligente, as interfaces são sobretudo conversações diretas com os modelos de IA. Uma visão que o CEO da Qualcomm também partilhou no segundo dia do Web Summit.
A inteligência artificial tem sido utilizada pelas empresas para criar agentes, sejam conselheiros, para navegação, organização de eventos, finanças, conselheiros, tradução, etc. Mas a Terminus Group criou uma espécie de superagente que agrega todas essas funcionalidades inteligentes. O vídeo partilhado parece saído de um filme do universo de Blade Runner. A forma como o utilizador interage com o assistente de forma natural, desde o aconselhamento da roupa a vestir mediante o tipo de evento marcado na agenda e ainda na análise ao estado do tempo. Chamou um táxi e na saída apressada de casa ainda a alertou do esquecimento do carregador.
Esse superagente chama-se HALI, um nome que conjuga Hello AI e foi lançado hoje oficialmente durante o Web Summit. A HALI tem uma cara, um avatar inspirado nos metahumanos da novela de ficção científica Solaris. Trata-se de um sistema LLM multimodal com capacidade de processar 800 mil tokens por minuto. Algumas das características apontadas é a capacidade de resposta abaixo de 1 ms de latência e uma assertividade de 96,3% de tradução em tempo real.
Mas ao mesmo tempo, a HALI tem uma capacidade de pensamento lento para se aproximar dos humanos, perceção do mundo físico, uma memória longa e pode ser integrada no trabalho em equipa. A sua rede neural permite-lhe uma conversa natural e fluente.
Mas onde vive a HALI, perguntou Victor AI. O sistema encontra-se nos equipamentos de consumo e vai adaptar a sua linha BUTTONs de wearables construídos com materiais de luxo e promovidos por celebridades, para receber o assistente. A empresa revelou a disponibilidade hoje do BUTTONs Pop, auriculares assistidos pela HALI. E no primeiro trimestre de 2025, vai ter um modelo Buttons Clip, um sistema aberto.
Ao longo dos próximos 12 meses, a empresa já partilhou os seus planos para colocar a HALI em tudo o que são equipamentos, incluindo óculos inteligentes (que segundo Victor AI serão os mais leves a chegar ao m ercado), braceletes, anéis, colares, robots companheiros, cockpits inteligentes de automóveis, TVs portáteis, entre outros equipamentos de luxo alimentados por IA. Todos eles inserem-se numa nova categoria que a empresa designou por Intelligent Luxury.
Veja na galeria imagens do Web Summit 2024:
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