A IBM veio a público lançar um contra-ataque contra a intenção do grupo SCO de processar os utilizadores de Linux, alegando que as pretensões da SCO em relação ao licenciamento daquele sistema operativo são infundadas, uma vez que anteriormente o mesmo grupo colocou no mercado uma versão open source do mesmo Linux, noticiou o site News.com.

Este caso remonta ao passado mês de Março, altura em que a SCO acusou formalmente a IBM de violar o acordo de licenciamento relativo ao Unix, utilizado como parte do sistema operativo AIX, detido pela primeira empresa. Segundo a SCO, a IBM cedeu os códigos Unix para serem empregues no desenvolvimento do Linux, facto que lhes terá provocado prejuízos avultados agora exigidos sob a forma de uma indemnização de 3 mil milhões de dólares.

O contra-ataque da IBM surgiu na passada quinta-feira, quatro dias depois do SCO anunciar que iria alargar as queixas em tribunal aos utilizadores do Linux, num comunicado de Bob Samson, vice-presidente de vendas da IBM, citado pela mesma fonte. "A própria SCO distribuiu Linux sob a GNU General Public Licence (GPL), que assegura o licenciamento gratuito de direitos e permite que os utilizadores tenham o direito de distribuição gratuita do código (...)", afirmou o mesmo. "A SCO ainda não explicou como pode apresentar uma queixa face à distribuição de Linux debaixo destes termos", concluiu.

A resposta da SCO surgiu apenas uma dia depois, por intermédio do porta-voz Blake Stowell, que veio a público reiterar as posições iniciais da sua firma considerando que os pressupostos da GPL não se aplicam nos termos anteriormente referidos, uma vez que a SCO é detentora dos direitos do Unix e nunca colocou o código copiado ao abrigo da GPL. "Distribuir um produto não é o mesmo que contribuir para o seu fabrico", afirmou. Ou seja, na opinião do SCO o simples facto de distribuir o código abrangido pelo GPL não é argumento, "o detentor dos direitos deve também deliberadamente ceder os direitos do código open source".

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