Um chip mais poderoso do que os restantes e que ainda consegue ter um consumo energético inferior. Além de serem duas especificações que todos gostam de ver em novas gerações de chips, o TrueNorth da IBM apresenta outra grande vantagem: o seu funcionamento é inspirado no cérebro humano e tenta replicar a forma como o órgão lida com diferentes fluxos de informação.



“Na minha mão tenho um chip com um milhão de neurónios, 256 milhões de sinapses e 4096 núcleos”, disse o investigador principal do projeto SyNAPSE,  Dharmendra S. Modha , em declarações à Forbes. Já o The Wall Street Journal destaca o facto de a nova gama de processadores usar materiais comuns na construções de chips, em vez de recorrer a elementos “esotéricos” para atingir as suas capacidades superiores de processamento.



O que distingue o chip TrueNorth é a sua capacidade de processar dados de forma paralela, que permite classificar ou reconhecer objetos usando um esforço energético muito inferior. E diferentes chips conseguirão comunicar entre si, criando sistemas de computação facilmente escaláveis.



O que a tecnológica norte-americana faz na nova gama de chips é replicar a comunicação e partilha de informação que existe entre os neurórios, mas aplicado ao nível dos elementos de um processador. Assim, um núcleo de processamento só seria ativado quando a informação que está a transportar fosse “requisitada” por outro núcleo.



Para que a tecnologia possa ser aceite a IBM também desenvolveu uma linguagem de programação própria que ajuda a criar um melhor ecossistema entre software e hardware. Atualmente os TrueNorth estão talhados como “devoradores de números”.



A IBM não revelou quando é que serão lançados os primeiros equipamentos para o mercado com os novos chips, mas garantiu que já está a falar com várias empresas para que isso aconteça. E também já avisou que não quer substituir os computadores tradicionais, quer apenas complementá-los.



A produção do chip ficou a cargo da Samsung, enquanto o desenho do mesmo foi feito por académicos de universidades norte-americanas. Desde 2008 que a DARPA investiu perto de 53 milhões de dólares para que o projeto continue o seu desenvolvimento.


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