Em mais um dos seus esforços para comercializar tecnologia de computação em
grelha, a IBM acaba de lançar
um conjunto de novas aplicações verticais grid e anunciar uma série
de parcerias com outras companhias, entre elas a Shell e a Cisco
Systems
, abrangendo 35 empresas no total.

O trabalho com a Shell visa a criação de um kit de ferramentas que
funcione como um wrapper - "envelope" ou "pacote" - de grids
computacionais para aplicações já existentes, ao passo que a parceria com a
Cisco irá permitir a concepção de serviços grid melhorados para
Storage Area Networks (SANs). Em simultâneo, foram também anunciadas
aplicações Linux para os sectores petrolífero, electrónico, do ensino
superior e de produtos químicos para agricultura.

A Royal Dutch Shell irá usar o software de grid wrapper para
obter maior capacidade de processamento on demand para aplicações de
interpretação sísmica. Segundo a companhia petrolífera, a computação em
grelha oferece uma oportunidade significativa para cooperar mais de perto
com as suas empresas independentes. A solução da Shell baseia-se em servidores
eServer
xSeries da IBM correndo o kit de ferramentas grid Globus.

No início deste ano, a IBM começou a revender switches de SANs MDS
9000 da Cisco. Esta
última companhia está a agora a trabalhar no sentido de aperfeiçoar os
switches com uma arquitectura inteligente de redes de armazenamento
multinível, fornecendo a base para permitir o acesso globalmente escalável a
dados de computação em grelha. Este projecto tem como objectivo simplificar
o acesso aos dados e a partilha e administração de recursos.

Depois de em Janeiro ter anunciado a sua estratégia comercial da tecnologia
de grids para o ano de 2003 centrada em cinco grandes sectores de
mercado, a companhia anunciou agora novos lançamentos para quatro dessas
áreas. Assim, no que toca ao mercado da agricultura e da indústria química,
passa a ser disponibilizada uma grid analítica de aceleração e outra
de acesso à informação; no mercado da electrónica, é introduzida uma grelha
de engenharia de design e outra de colaboração de design; no
mercado do ensino superior, passa a estar disponível uma grid de
colaboração universitária; e na indústria petrolífera, é lançada uma
grid de análise e processamento geofísico e outra de optimização de
tecnologias da informação.

Todas as aplicações seguem o padrão Open Grid Services Architecture (OGSA) e funcionam em
ambientes heterogéneos. Entre outras companhias que estão a desenvolver
aplicações grid, algumas em conjunto com a IBM, incluem-se a Cadence (engenharia e
automação de design), Calypso Technology (análise financeira), Landmark Graphics (petróleo) e a
Mercury
Interactive

(optimização e qualidade de software intersectorial).

De acordo com responsáveis da IBM, a OGSA deverá estar publicamente
disponível a partir de Junho, ao passo que a tecnologia grid será integrada no
middleware WebSphere da companhia no final deste ano. A gigante de
informática anunciou também a formação do primeiro "ecossistema" grid
em conjunto com programadores e cerca de 20 revendedores.

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