A Intel apresentou hoje na Computex uma nova proposta no que respeita aos computadores portáteis, a que chamou Ultrabook e que espera ver conquistar 40 por cento do mercado de consumo até ao final 2012.

O objectivo é combinar o desempenho e capacidades dos portáteis com características dos tablets que têm convencido os consumidores, oferecendo uma experiência de utilização altamente responsiva e segura.

A nova "categoria" - com design a lembrar o MacBook Air, da Apple - deverá constituir uma alternativa tanto aos tablets e netbooks, em tamanho, como aos portáteis, em desempenho.

Os Ultrabooks não devem medir mais de 2 centímetros de espessura nem custar mais de 1.000 dólares (cerca de 695 euros), mas vão contar com processadores de alto desempenho.

Numa fase inicial, os dispositivos que sigam este design de referência vão integrar processadores Sandy Bridge, como acontece com o primeiro modelo apresentado com as características propostas pela Intel, o Asus UX21, com chegada ao mercado prevista para Setembro. Este conta com um processador Core i7, num corpo em alumínio que não pesa mais de 1,1 quilos e mede 1,7 milímetros de espessura na parte mais fina.

[caption]Asus UX21[/caption]

A partir do primeiro trimestre de 2012 começam a ser usados os processadores de nova geração Ivy Bridge. O Ivy Bridge é o primeiro chip de alto volume baseado na arquitectura de 22 nanómetros da Intel a recorrer ao novo transístor de 3D Tri-Gate, anunciado o mês passado. A empresa afirma que o chip vai oferecer maior eficiência energética, desempenho gráfico inteligente e melhorias ao nível da responsividade e segurança.

Já em 2013, os modelos devem começar a vir equipados com a tecnologia que recebeu o nome de código de Haswell, que promete gastar ainda menos bateria que a sua antecessora, permitindo às fabricantes criar portáteis mais finos e leves.

A nova aposta da Intel representa um esforço para se reposicionar no mercado da mobilidade, uma área onde tem vindo a perder pontos para a concorrência, nomeadamente por ter "falhado" o investimento em plataformas optimizadas para os tablets e smartphones, segmentos que têm crescido surpreendentemente e onde a ARM se tem saído particularmente bem.

Citado pela imprensa internacional, o vice-presidente da Intel admitiu que a fabricante se tinha atrasado no mercado do tablets, mas não que tivesse falhado. "Estamos atrasados. Hoje em dia há muitos tablets sem processadores da Intel, mas estamos a esforçar-nos para apanhar o comboio. E acho que o apanhámos no que respeita aos tablets", afirmou Mooly Eden.