Matthew Williamson, um investigador dos laboratórios da Hewlett-Packard em Bristol, no Reino Unido, desenvolveu uma técnica que permite diminuir o ritmo de infecção de um vírus informático, divulgou a BBC.

Em vez de tentar eliminar o código malicioso, limita o número de ligações numa determinada altura para um computador infectado, o que evita a propagação do vírus a milhares de máquinas por dia. Desta forma, os técnicos passam a dispor de tempo suficiente para detectar e eliminar o código malicioso.

"O maior problema com os vírus informáticos é que, por propagarem-se tão depressa e a nossa resposta ser tão lenta, acabam por provocar muitos danos", referiu Williamson à BBC. "Quando a nossa máquina recebe um vírus por email, envia uma quantidade enorme de mensagens de correio electrónico a uma taxa bastante superior do que normalmente as enviamos. Assim, se eu estabelecer um limite na quantidade de mensagens de email que o computador pode enviar em cada dez minutos, então um vírus que tentar enviar 100 a 200 mensagens irá rapidamente registar um atraso."

O investigador da HP testou a sua teoria num grupo de computadores infectado com o vírus Nimda. Em poucos minutos, o bug propagou-se a todas as máquinas. Mas, depois de Williamson ter definido um limite de envio de mensagens, a taxa de infecção foi muito mais lenta.

"Descobrimos que podíamos detectar e impedir o Nimda antes de um quarto de segundo de o vírus começar a tentar transmitir-se por si próprio". Mais ainda, o pesquisador descobriu que a sua técnica tinha um impacto quase nulo na utilização quotidiana de um computador. O seu próprio PC tem utilizado o mesmo método desde há dois meses e até agora Williamson ainda não notou qualquer detrimento no desempenho do sistema.

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