Chama-se Square Kilometer Array (SKA) e vai ser o maior radiotelescópio do mundo. Um grupo de investigadores portugueses, em representação de várias universidades, vai participar no desenvolvimento de soluções que vão ajudar o SKA a funcionar e a produzir os resultados desejados. A coordenação do consórcio nacional está a cargo da Universidade de Aveiro (UA).

Descobrir de que forma o transporte da grande quantidade de dados recolhidos será fazível da forma mais eficiente possível, é um dos desafios a que os investigadores portugueses vão ter que responder. Segundo a nota de imprensa da UA, o SKA vai produzir um exabyte de informação.

Saber alimentar o SKA com tecnologias de energia solar e redes inteligentes de energia, bem como descobrir como é que sistemas de computação em nuvem podem reter toda a informação recolhida são partes da equação que precisa de uma solução. Além da Universidade de Aveiro também a Universidade do Porto e o Instituto Politécnico de Beja fazem parte da equipa de investigação.

"Os desafios do ponto de vista da engenharia computacional, de materiais, da energia e da monitorização são verdadeiramente enormes", refere o investigador da UA e coordenador do consórcio português, Domingos Barbosa. "Será necessário criar soluções completamente inovadoras e terá de se desenvolver trabalho com um nível muito elevado", complementa outro investigador da mesma universidade e responsável do consórcio pela área de engenharia de software, João Paulo Barraca.

Amanhã, 1 de novembro, arranca a primeira fase de pré-construção do Square Kilometer Array. O maior radiotelescópio do mundo vai ter antenas espalhadas na África-do-Sul, em Moçambique, na Austrália e na Nova Zelândia, elementos que vão recolher dados que serão processados por um dos mais potentes supercomputadores. O radiotelescópio tem a tarefa de recolher os indícios mais distantes sobre o início do universo e quem sabe, de vida alienígena.

O projeto deve estar concluído em 2020 e vai ter um custo próximo aos dois mil milhões de euros.


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