De acordo com um estudo divulgado pela revista Nature, jogar videojogos beneficia o desenvolvimento das capacidades cognitivas humanas.
Numa iniciativa conjunta, investigadores da Universidade Chinesa de Ciências Eletrónicas e Tecnologias e da Universidade Australiana de Macquarie, encontraram uma correlação entre o gaming e o aumento do volume de massa cinzenta no cérebro.
Neste estudo, o foco da equipa foi o lobo da ínsula. Esta é uma zona cerebral que não tem sido alvo de muitas atenções por parte da comunidade científica. Há uma corrente de pensamento que acredita que esta região do cérebro é responsável por muitos dos processos relacionados com a nossa capacidade comunicativa, mas também por processar estímulos ligados à compaixão, à empatia e às relações interpessoais.
Neste caso, o estudo teve por base cerca de 27 jogadores de videojogos, que foram descritos como sendo "especialistas" em jogos de ação. Adicionalmente, participaram outros 30 jogadores amadores.
As análises conduzidas com recurso a ressonâncias magnéticas aos cérebros destes 57 jogadores permitiu que fossem identificadas diferenças entre os dois grupos. O estudo indicou que os "especialistas" tinham mais massa cinzenta do que os amadores, e capacidades melhoradas de conectividade funcional.
A massa cinzenta faz parte do sistema nervoso central e desempenha um papel essencial em todas as funções cerebrais. A substância influencia a velocidade com que se dão os processos de conectividade funcional e, consequentemente, a rapidez com que processamos pensamentos e respondemos a estímulos externos.
Para além dos videojogos, a conectividade cerebral também pode ser estimulada com a prática de desporto e de atividades artísticas.
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