Na semana passada a Microsoft dava conta de que já existem mais de 11.500 aplicações no Marketplace do seu sistema operativo para telemóveis, o Windows Phone 7. Em Portugal o número de aplicações tem também vindo a crescer, correspondendo maioritariamente a jogos e pequenos utilitários, desenvolvidos por programadores individuais.

"Este é um mercado de oportunidade e as pessoas percebem que é importante entrar cedo, mas há ainda muitas empresas e programadores, com aplicações muito focadas no mercado nacional, que querem esperar pelo lançamento da versão portuguesa", explicou ao TeK Nuno Silva, developer evangelist da Microsoft para o mercado de Windows Phone 7.

Desde o lançamento do novo sistema operativo móvel, em Outubro, a Microsoft tem feito várias acções de divulgação da plataforma de desenvolvimento junto da comunidade de developers e de estudantes. É neste grupo que têm sido produzidas a maioria das aplicações para Windows Phone 7, pagas e gratuitas.

A primeira aplicação portuguesa a ser comercializada no WP7 Marketplace foi a da Carmobili, mas entre as 40 apps portuguesas que constam da loja da Microsoft o domínio é nitidamente de individuais, que apostam em jogos e aplicações utilitárias. O developer evangelist da Microsoft Portugal adiantou ao TeK que estão já na loja 25 aplicações portuguesas pagas e 15 gratuitas, enquanto outras 18 estão no pipeline, a aguardar aprovação ou resolução de problemas técnicos.

Nuno Silva dá como exemplo de aplicações de "cunho" nacional uma app que permite localizar o carro, outra que dá acesso a informação meteorológica e conteúdos de notícias. Para além dos jogos há também uma aplicação de geocaching e o ActivoBank já criou uma app para acesso ao serviço de homebanking a partir de telemóveis com Windows Phone 7.

Mas, para que o número de aplicações cresça, há ainda barreiras a ultrapassar, nomeadamente a disponibilização do acesso ao Marketplace com a versão portuguesa do sistema operativo e também o "amadurecimento" do mercado.

Como o TeK já documentou, o Marketplace não está ainda disponível em Portugal para compra de aplicações e mesmo para descarregar aplicações gratuitas é necessário usar alguns "truques". Nuno Silva admite que este é um obstáculo ao maior crescimento do número de aplicações, mas acredita que quando o WP7 for lançado em português, o que deve acontecer "ainda este ano", se pode assistir a um crescimento significativo da participação portuguesa no Marketplace.

"O que vai acontecer é que todos os processos e intenções que estão em curso de empresas que querem lançar aplicações vão avançar. Haverá um pacote completo que se torna mais relevante para quem tem interesse no mercado nacional", justifica.

Para já são várias as empresas que estão a preparar projectos, entre aplicações utilitárias e serviços de homebanking, muitas delas feitas de raiz para o Windows Phone 7, refere o developer evangelist que diz que ainda é cedo para citar nomes.

Fátima Caçador