O Kindle, disponível na versão internacional desde Outubro, bateu todos os recordes de vendas "natalícias" da Amazon, anunciou a loja virtual num relatório publicado online.

No dia 14 de Dezembro - data em que se registou o maior número de pedidos - foram encomendados 9,5 milhões de leitores de ebooks da marca em todo o mundo, o que dá uma média de 110 leitores por segundo.

"Estamos gratos aos nossos clientes por fazerem do Kindle o item mais oferecido de sempre na nossa história", afirma o fundador e presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos, em declarações à imprensa.

Também pela primeira vez, a loja vendeu mais livros digitais (para o Kindle) do que edições impressas, naquilo que também foi assinalado como um marco histórico para a empresa - embora não tenham sido avançados números referentes às vendas.

Uma das razões apontadas para o sucesso do Kindle neste Natal, nomeadamente nos Estados Unidos, prende-se com os sucessivos adiamentos das datas previstas para entrega do Nook, o leitor da Barnes & Noble.

Esperados no final de Outubro, a previsão passou depois para o fim de Novembro, foi posteriormente remetida para 11 de Dezembro e a 20 de Novembro a empresa emitiu um comunicado informando que afinal os leitores só começariam a chegar a 4 de Janeiro.

Embora na passada quarta-feira, 23 de Dezembro, a Barnes & Noble tenha anunciado que iria conseguir fazer chegar as primeiras encomendas a casa dos clientes antes de dia 25, o novo dispositivo não veio a tempo de fazer concorrência ao líder de mercado durante a época festiva.

Apesar do sucesso com as vendas, a Amazon registou ainda alguns contratempos esta quadra. O site da loja ficou inoperacional durante cerca de 1 hora, na quarta-feira antes do Natal, dia 23. Na origem do problema esteve um ataque informático dirigido aos servidores DNS da Neustar, que também fornece serviços para lojas como a Walmart e Expedia.

Em declarações à imprensa, o porta-voz da Neustar admitiu que foi recebido "um número desproporcional de consultas às páginas num mesmo momento, levantando suspeitas de um ataque".