Longa e talvez demasiado técnica, a conferência de abertura do Oracle OpenWorld trouxe poucas novidades. Larry Ellison, presidente da Oracle esteve longe do estilo acutilante com que tem vindo a brindar diversas audiências, o que é no mínimo estranho, sobretudo a meio de uma disputa que envolve o ex-CEO da HP, um dos principais parceiros da empresa e que teve honras de destaque no keynote de abertura do OpenWorld em São Francisco, nos Estados Unidos.

O conceito de cloud computing foi dominante, a nível de hardware mas também das aplicações. O presidente da Oracle começou por tentar descodificar o significado de computação na nuvem, reescrevendo o conceito segundo a Oracle, e explicando que a visão da empresa aponta o cloud computing como uma plataforma aplicacional, que inclui hardware e software e que deve ser virtualizada e elástica.

Esta visão materializa-se num produto bem real, a Exalogic Elastic Cloud, uma máquina midleware onde o hardware e o software se conjugam para oferecer ao cliente uma “cloud in a box”. Dentro do mesmo equipamento estão sincronizados 30 servidores, storage e o software necessários para que as empresas não tenham de se preocupar com a implementação nem com upgrades, optimizando o seu centro de dados.

E Larry Ellison garante que com duas máquinas Exalogic Elastic Cloud lado a lado conseguia gerir o Facebook.

O suporte a aplicações Java está garantido neste nova plataforma mas o presidente da Oracle deu outra novidade à audiência: a empresa está a reavivar o Oracle Linux com o Unbreakable Enterprise kernel, colocando em segundo plano a Red Hat, embora sem abandonar a plataforma Linux.

A mensagem é pouco clara, mas o presidente da empresa explicou detalhadamente que a plataforma Linux da Red Hat é antiga (tem mais de 5 anos), e que a comunidade responde mal a necessidades de actualização, o que reforçou a intenção da empresa de repescar o “seu” Linux, mantendo-o a par do Solaris para aplicações de topo. Mas isto sem deixar de suportar o Red Hat…