A Lindows, que desenvolve o sistema operativo Lindows, baseado em Linux, lançou ontem nos EUA uma nova aplicação que permite a leitura, em diversos formatos, de DVDs a partir de computadores com o seu sistema operativo, adiantou a própria empresa num comunicado oficial.

Este lançamento visa responder a uma carência deste sistema operativo, sentida pelos utilizadores e pelo próprio director da empresa, Michael Robertson, em relação à leitura dos formatos de vídeo tradicionais (Windows Media Player ou Quick Time). Assim, segundo informações da própria companhia, o Lindows 4.0 permite não só a leitura de DVDs mas também de CDs, vídeos e ainda de ficheiros multimédia, incluindo AVI, WMV ou MP3 partir de drives locais ou através de stream da Internet por intermédio dos mais comuns, e incomuns, formatos multimédia.

O sistema operativo Lindows é baseado em Linux, uma variação open source do Unix. Embora o Linux tenha ganho adeptos na área dos servidores, muitos consideram-no demasiado complexo para computadores desktops. A Lindows, uma das companhias mais conhecidas no desenvolvimento de soluções Linux, tem procurado com esta e outras iniciativas recentes aproximar o sistema operativo das necessidades dos seus utilizadores.

Quanto à nova aplicação para o sistema Lindows 4.0, não é a primeira a oferecer a possibilidade de leitura de DVDs em computadores a correr Linux. Segundo informações da própria Lindows, a sua nova aplicação é uma derivação do software da Xine, cujas funcionalidades são idênticas.

Em relação ao seu principal rival, o Windows Media Player da Microsoft, a firma faz questão de realçar a sua competitividade em termos de preço. Enquanto o primeiro é normalmente vendido acima dos 50 dólares, este pode ser adquirido (a partir do site oficial da Lindows) ao preço de 4,95 dólares para membros do serviço Click-N-Run Wharehouse da firma e a 39,95 dólares para clientes normais.

A Lindows, por intermédio do seu director, anunciou ainda que irá disponibilizar o seu sistema operativo pré-configurado em japonês no mesmo país até ao final de Agosto. Segundo Michael Robertson, o Japão superará a médio prazo os EUA como país com maior taxa de adopção deste sistema operativo, liderando uma revolução idêntica à da banda larga.

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