Um pequeno litígio entre a Microsoft e um professor russo, por este instalar uma cópia ilegal do Windows num computador do seu colégio, acabou nas mãos do governo do país. O resultado não podia ser pior para a Microsoft uma vez que as autoridades russas decretaram que todas as delegações da administração pública e escolas do país passariam a utilizar pacotes informáticos open-source, colocando de lado as versões proprietárias da empresa norte-americana.



Leonid Reiman, ministro russo com a pasta das telecomunicações, referiu à agência Itar Tass que "até 2009 vão ser implementados pacotes de software livre em todos os computadores dos colégios russos, que substituirão os programas comerciais existentes".



O mesmo ministro indicou ainda que a versão que a versão Ubuntu a ser distribuída é desenvolvida por uma empresa russa, que concebeu o software ao longo do ano passado.



O caso que opôs o professor Alexander Ponosov à Microsoft foi o primeiro referente à pirataria de software registado na Rússia e desenrolou-se durante cinco anos.



Depois de o professor ser obrigado a pagar uma multa de 200 dólares, o caso chamou a atenção dos meios de comunicação russos e internacionais e despertou o interesse dos altos responsáveis da administração do país, incluindo de Vladimir Putin, que comentou "o disparate" da referida situação.


Também em França, as autoridades policiais estão a migrar para Ubuntu e a colocar de parte os produtos Microsoft. De acordo com a Associated Press, esta decisão é o culminar de um processo que se iniciou em 2005, quando se instalaram as primeiras versões de código aberto no parque informático da Gendarmeria Nacional de França.



Actualmente, os 70 mil computadores que as forças policiais detêm utilizam o sistema operativo Windows XP, embora a migração para Ubuntu venha a ser efectuada de forma faseada até todos os equipamentos funcionarem com software livre, o que deverá acontecer antes de 2014.



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