Ao chegar ao número redondo de 1.000 tweets publicados na sua conta do Twitter, o grupo de hackers Lulz Security (conhecido por LulzSec) publicou um manifesto de intenções onde explica as razões que estão por detrás dos ataques realizados e avisa que ainda não divulgou todos os hacks e que não há razões para nos sentirmos seguros.

“No último mês e qualquer coisa, causámos desordem e caos na Internet atacando vários alvos incluindo a PBS, Sony, Fox, sites porno, o FBI, CIA, o Governo ds Estados Unidos, mais Sony, servidores de jogos online (a pedido e não por nossa escolha), a Sony outra vez, e claro, a nossa boa amiga Sony”, detalha o comunicado publicado online na sexta-feira passada.

E a razão? Apenas entretenimento… “Esta é a era lulz lizard, em que fazemos coisas só porque as achamos divertidas. Ver a foto de alguém no Facebook transformar-se num pénis e ver a resposta chocada da sua irmã é impagável. Receber emails irritados de um homem para quem enviamos 10 dildos [objecto sexual que imita um pénis] porque não tem uma password segura na Amazon é impagável. Você acha divertido ver esse caos e nós achamos divertido causá-lo. Divulgamos dados pessoais para que pessoas igualmente maléficas possam entreter-nos com o que fazem com eles”, adianta o mesmo comunicado.

Ainda no dia anterior o grupo tinha divulgado 62 mil passwords de contas de vários serviços online – onde constam contas portuguesas – e a lista de ataques reclamados é grande, e abrange entidades institucionais e grandes empresas.

O LulzSec já tinha admitido que as principais razões que moviam o grupo eram de puro entretenimento, ao contrário de outros grupos que reclamam razões políticas ou de defesa da abertura da Internet e luta contra os domínios estabelecidos pelos grandes monopólios.

“Isto é a Internet, nós fo**** uns aos outros por um pouco de satisfação”, garante o comunicado, admitindo que depois de todo este protagonismo em pouco tempo o LulzSec será esquecido.

A verdade é que o grupo já conta com mais de 280 mil seguidores no Twitter e que as autoridades ligadas à cibersegurança dificilmente se vão esquecer deste mês negro, em que os sites foram atacados, informação classificada foi divulgada e os responsáveis não foram ainda identificados nem apanhados…