"Altamente deficitário" foi a forma encontrada por Gabriel Santos, director-geral da Inforlândia, para avaliar o projecto Magalhães perante a Comissão Parlamentar de Inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis.



O responsável referiu esta terça-feira à tarde que a empresa registou uma facturação de 8,6 milhões de euros com a distribuição de 34 mil portáteis Magalhães, aproximadamente 24 mil para a Zon, e cerca de nove mil à TMN.



"O projecto é altamente deficitário enquanto distribuidores, porque tínhamos facturado com IVA 8,6 milhões de euros, dos quais 1,1 milhões foram recebidos por aquilo que era pago pelos alunos", explicou Gabriel Santos, adiantando que à TMN foram facturados aproximadamente dois milhões de euros e à Zon cerca de cinco milhões.



Destes valores, faltará receber da TMN cerca de 800 mil euros e da Zon 1,4 milhões de euros. "É uma coisa que nos pesa significativamente, os atrasos", acrescentou o director-geral da Inforlândia.



No sentido contrário, a distribuidora tem por pagar à JP Sá Couto 700 mil euros, "bastante menos do que nos falta receber", fez questão de salientar o responsável.



Nas declarações prestadas perante os deputados que formam a Comissão de Inquérito, Gabriel Santos afirmou ainda que o Governo andava à procura de um computador para crianças desde final de 2007, tendo sondado algumas fabricantes.



A Inforlândia foi contactada pelo Ministério das Obras Públicas, no sentido de saber "o que é que havia no mercado em termos de computadores para crianças", adiantou o director-geral.



O responsável confirmou ter sabido, no final de 2007 princípio de 2008, da intenção do Governo alargar o programa e-escola às crianças do 1º ciclo.



As audições da Comisão de Inquérito à FCM prosseguem esta manhã com o presidente do conselho de administração Zon Multimédia, Rodrigo Costa.