Jorge Couto, presidente da JP Sá Couto, respondeu esta manhã às perguntas dos deputados que conduzem a Comissão de Inquérito a analisar o funcionamento da Fundação para as Comunicações Móveis.



Na sessão o responsável admitiu que a empresa responsável pelo fabrico do Magalhães e parceira numa empresa de distribuição que esteve envolvida nos dois programas escolares, a Youstu, facturou cerca de 200 milhões de euros com a participação no e-escola e e-escolinha, desde 2007.



Como relata o Jornal de Negócios, a empresa facturou 23 milhões de euros graças ao e-escola em 2007, 50 milhões no ano seguinte e 52 milhões no ano passado. O Magalhães permitiu um encaixe de 14,5 milhões de euros em 2008 e 61,5 milhões de euros em 2009.



O responsável também assegurou que a sua empresa não teve qualquer contacto com o Governo no sentido de definir à medida as características do portátil que haveria de alimentar o programa educativo do primeiro ciclo



"Não era difícil encaixar nas características, quanto a preço não sei, mas penso que foi o mais barato e sim o prazo, para uma primeira entrega estávamos mais preparados", disse Jorge Couto, citado pelo Jornal de Negócios.



O presidente da JP Sá Couto também afirmou que se os operadores móveis não conseguiram encontrar no mercado outras alternativas para o programa, além do computador Magalhães isso pode ter sido uma consequência de não terem feito da forma mais adequada o trabalho de casa.



"Havia outros computadores que encaixavam, se calhar as operadoras é que não fizeram bem o seu trabalho", defendeu o responsável, citado pelo Diário Económico.