Em 2011, mais de metade dos dispositivos vendidos a nível mundial não serão PCs. A estimativa é feita pela Deloitte que prevê que as vendas neste formato atinjam os 400 milhões de unidades, um número que no entanto será suplantado pelas vendas agregadas de smarthphones, tablets e netbooks, refere no seu mais recente TMT Predictions.

"Apesar do PC não desaparecer, o caminho futuro aponta para a diversidade a nível de dispositivos, processadores e sistemas operativos, com alterações de modelos de negócio e o surgimento de novas oportunidades relacionadas com novos dispositivos, aplicações e periféricos", considera a consultora. Esta alteração terá maior impacto no contexto internacional do que no nacional, face ao baixo peso do sector tecnológico no país, salienta.

Além do crescimento dos dispositivos móveis, no conjunto de principais tendências nos sectores de Tecnologia, Media e Telecomunicações, a Deloitte inclui também as oportunidades económicas ao nível do online e o aumento do tráfego internet e a resposta das operadoras.

No online, a Deloitte prevê que, em 2011, as redes sociais ultrapassem a barreira dos mil milhões de utilizadores. Contudo, o investimento publicitário neste tipo de veículos será muito pouco significativo, menos de um por cento do investimento total.

Para os novos media podem surgir fontes de receitas mais aliciantes do que a publicidade tais como sistemas de pagamento e eCommerce. "As redes sociais vão continuar a dividir opiniões: uns acreditam no seu enorme potencial e garantem o seu sucesso, enquanto outros as vêem como a próxima bolha dotcom e argumentam que a dimensão não serve de nada se não for monitorizada. Em Portugal, o cenário é idêntico".

No que toca ao sector das telecomunicações, a consultora prevê que a implementação da próxima geração de redes móveis, Long Term Evolution (LTE), fique aquém das expectativas em 2011, "uma vez que as mais recentes tecnologias de 3.ª geração, com o HSPA+ e os equipamentos que as suportam, vão continuar a responder às actuais necessidades dos consumidores", justifica.

Paralelamente, o volume de dados transferidos, através de dispositivos móveis via redes Wi-Fi, vai crescer entre 25 a 50 por cento, face ao tráfego efectuado através de redes móveis (GSM/UMTS).