Entre os vários contratos estabelecidos com o Governo português, Hugo Chávez assegurou, este domingo, a compra de mais 1,5 milhões de Magalhães. O Presidente da Venezuela considera que o computador da JP Sá Couto é “maravilhoso” e garantiu que “dentro de algum tempo toda a criança venezuelana terá um”.

Hugo Chávez chegou a visitar a fábrica da JP Sá Couto onde se surpreendeu por os funcionários da empresa ocuparem os seus postos de trabalho ao domingo e prometeu regressar “com mais calma”.

O Presidente da Venezuela reafirmou ontem a sua admiração pelo “maravilhoso” Magalhães, ao qual diz fazer publicidade em todo o mundo, tendo avançado que ofereceu um à primeira dama da Síria no início do ano lectivo. Hugo Chávez falava em Viana do Castelo após a assinatura de vários contratos entre empresas portuguesas e as autoridades de Caracas.

Os portáteis que constituem a base do programa e-escolinha em Portugal, chamam-se Canaima na Venezuela, em honra à região do país com o mesmo nome, e “dentro de algum dentro de algum tempo toda a criança venezuelana terá um”, como havia afirmado na intervenção que antecedeu a viagem .

“É maravilhoso, maravilhoso”, disse, sublinhando, porém, que não se trata de “uma prenda” às crianças. “Dizer que é uma prenda é o mesmo que achar que a arma entregue ao soldado quando chega ao quartel é uma prenda. Trata-se de algo que faz parte do seu equipamento", afirmou, considerando que a distribuição de computadores a crianças em idade escolar se "insere num dos princípios mais nobres da revolução bolivariana: a educação, a revolução do pensamento crítico e criador”, cita o Jornal de Notícias.

Na mesma área da informática, o responsável viria a Portugal também para fazer avançar o projecto de criação de uma fábrica para a produção daqueles equipamentos no seu próprio país, mas o projecto terá ficado em stand by por enquanto.

Na visita de Chavez a Portugal em que foi firmado o acordo que permitiu exportar o Magalhães para a Venezuela, em Setembro de 2008, a possibilidade de criar uma fábrica naquele país da América Latina já estava em cima da mesa. Era posicionada como meta de médio prazo, para uma fase posterior do acordo assinado entre os dois países.