Alguns modelos de câmaras fotográficas digitais importadas para a União Europeia poderão ver o seu preço de venda ser aumentado se, no entender dos especialistas, as funções de vídeo dos equipamentos forem classificadas como equivalentes a câmaras de vídeo.



Apesar de, actualmente, as câmaras importadas não estarem sujeitas a taxas quando entram no mercado comunitário, o mesmo não acontece com as câmaras de vídeo. Se o parecer dos especialistas indicar que se justifica a imposição de uma taxa, o preço do equipamento deverá aumentar 4,9 por cento, o valor percentual em prática para equipamentos de gravação de vídeo.



A CIPA - Camera and Imaging Products Association -, que conta com membros como a Nikon, Canon e Sony - , já manifestou a sua preocupação quanto à entrada em vigor desta norma, isto porque, em 2006, o volume de vendas de equipamentos fotográficos digitais comercializados por fabricantes japonesas na Europa originou receitas na ordem dos cinco mil milhões de dólares.



Um porta-voz da União Europeia, citado pela Reuters, indica que a medida se destina apenas a equipamentos de gama alta, com capacidades de vídeo avançadas, e não às câmaras habitualmente adquiridas pelo consumidor tradicional.



Os especialistas da UE decidiram na passada sexta-feira que para serem considerados máquinas fotográficas digitais, os equipamentos não deverão conseguir gravar mais de 30 minutos de vídeo numa única sequência e com qualidade igual ou superior a 800X600 pixels e a 23 frames por minuto, ou mais.



Os equipamentos que entrem nas fronteiras comunitárias e que estejam abaixo destes critérios serão comercializados livre de taxas. A entrada em vigor desta norma está prevista para dentro de dois a três meses.




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