A culpa é principalmente da falta de lançamentos, dizem os especialistas. Aparentemente o fenómeno da falta de novidades é normal em Abril e "arrefece" o mercado, mas a verdade é que as vendas desceram 26 por cento, face ao mesmo período de 2009, situando-se nos 766,2 milhões de dólares (614,2 milhões de euros).

Os números são do NPD Group, para o mercado norte-americano, e contrariam uma tendência de crescimento que se começava a adivinhar com os resultados de Março - que tinha sido o terceiro melhor mês de sempre (fora de períodos festivos), com vendas na ordem dos 1,52 mil milhões de dólares (1,12 mil milhões de euros) e uma subida de 6 por cento em relação ao período homólogo.

Abril foi um mês de decréscimo, tanto no que respeita ao software como hardware, com o último a registar a maior descida, apresentando resultados 37 por cento abaixo dos verificados o ano passado na mesma altura, com resultados de 243,3 milhões de dólares (199,9 milhões de euros). As vendas de software desceram 22 por cento e fixaram-se nos 398,5 milhões de dólares (319,9 milhões de euros).

De acordo com os dados publicados hoje, o declínio nas vendas de consolas atingiu tanto os dispositivos portáteis como os dedicados à sala de estar, com especial preponderância dos primeiros, onde a DS (apesar de se manter na liderança do mercado) vendeu menos de metade das unidades comercializadas em Abril do ano passado. A consola portátil da Nintendo e a PSP (juntas) foram responsáveis por 61 por cento das quebras de todo o sector, disseram os analistas.

Segundo os analistas, os consumidores podem estar a guardar-se para os novos lançamentos, como a prometida 3DS, mas a concorrência de dispositivos como o iPad e o iPhone também pode ter contribuído para os resultados.

No que respeita ao software, a prestação do mercado também esteve abaixo das previsões. A quebra de 22 por cento, ficou bem abaixo das perdas de 5 por cento estimadas, revelaram.

Os especialistas esperam agora que os lançamentos dos novos comandos e dispositivos, prometidos para o fim do ano, sejam capaz de reanimar o mercado.