Foi hoje apresentada aos jornalistas a versão portuguesa do Windows XP Media Center, que já está disponível desde Outubro para os fabricantes. Carlos Lacerda, Business & Marketing Officer da Microsoft Portugal, sublinha que a localização do produto para português é muito importante para indústria de hardware e de conteúdos portuguesa que respondeu de forma muito positiva.

“Há mais de um ano que estamos a trabalhar com empresas que fabricam PCs nacionais […] Esta é uma oportunidade incrível para a indústria portuguesa”, destacou este responsável da Microsoft em Portugal. Carlos Lacerda acredita que o PC tem potencial para ser o centro multimédia do lar e conta com a possibilidade de se atingirem vendas de 40 mil unidades até Junho de 2006.

Em conjunto com o lançamento do sistema operativo a Microsoft mostrou os PCs desenvolvidos pelas empresas portuguesas - onde se contam nomes como a Chip7, Criterium, Inclass, Interponto, Introduzi, JP Sá Couto, Micro Máquinas, Modelo Continente, SDTEC, Solbi, Suprides e Triudus – e ainda fornecedores de conteúdos, onde se destaca a SIC, Ciberbit, NetChange e Via Tecla.

“Se comparados com a oferta internacional, os computadores das marcas nacionais são hiper agressivos em termos de preço, factor de forma e de funcionalidades”, acrescentou Carlos Lacerda. A Microsoft abriu um concurso no ano passado para que a indústria de hardware apresentasse os melhores conceitos, devendo os vencedores ser revelados amanhã.

O número de fabricantes portugueses com máquinas no mercado deverá ainda aumentar nos próximos meses com os produtos da Capsoft, DX4, Inforlândia, Mactek, Microdados e MicroEnergia. Na área dos conteúdos serão igualmente adicionados novos parceiros muito em breve, sendo esperado pela Microsoft que o número de parcerias nesta área se eleve a 20 a 30 empresas até ao final do ano.

Entre os parceiros internacionais só estava presente a Toshiba, a única fabricante internacional que já tem no mercado um Media Center, o Qosmio, e que já terá vendido mais de 1000 unidades, segundo adiantou Jorge Borges, Marketing Manager, ao TeK.

Para além das funcionalidades já conhecidas do Windows XP Media Center Edition, a versão em português alarga a experiência de utilização com o acesso a conteúdos nacionais e com a possibilidade de ver o Guia de Programação dos Canais portugueses, com mapeamento automático. Destaca-se ainda a área de Novidades Online, onde os parceiros nacionais de conteúdos disponibilizam versões adaptadas dos seus conteúdos, como jogos online (Ciberbit), venda de bilhetes (TicketLine), programação online da grelha da SIC e ainda o Netviagens e os conteúdos do Jornal Record (Via Tecla).


Substituto para a PowerBox

Embora a Microsoft tenha desenvolvido uma solução em conjunto com a Octal para permitir a ligação entre o seu sistema e a PowerBox da TV Cabo, a única coisa que os PCs com Media Center não fazem é garantir o acesso aos canais Premium. De resto é possível ter acesso ao Guia de Programação Electrónica, Gravar os programas e ainda parar a emissão em directo, repetindo depois os últimos 30 minutos.

Carlos Lacerda defendeu que com o Media Center a Microsoft está a potenciar o investimento que tinha sido realizado para a TV Interactiva, puxando também os parceiros de conteúdos para desenvolver soluções para esta plataforma. Porém, este responsável salienta que com o Media Center há possibilidade de criar massa crítica que aumente o potencial de desenvolvimento de conteúdos e soluções, o que não aconteceu com a experiência da TV Interactiva.

“O Windows XP Media Center é um produto mais estável e não tem algumas das falhas que afectavam a TV Interactiva que teve as vantagens de ser um produto inovador mas com os problemas do pioneirismo”, confessou ao TeK.

O Windows XP Media Center está já localizado para 20 países e já foram vendidos mais de 4 milhões de PCs com este sistema operativo, segundo dados da empresa, actualmente cerca de 40% dos PCs vendidos nas lojas nos EUA são Media Centers.



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