Afinal os rumores confirmaram-se e a Microsoft sempre lançou o seu próprio tablet, desafiando diretamente a Apple numa área onde a marca da maçã tem garantido um domínio incontestado. No evento que decorreu esta madrugada em Los Angeles Steve Ballmer, CEO da Microsoft, e Steven Sinofsky, Presidente da divisão de Windows, subiram ao palco para mostrar os seus trunfos, recuperando o nome de Surface para uma nova linha de computadores.
Ainda sem detalhes sobre preços, embora se refira que estes serão competitivos com outros tablets no mercado e também com os ultrabooks, a Microsoft apresentou dois modelos de tablets, um com processador ARM e outro com um Intel Core. O sistema operativo é o Windows 8, mas em duas versões diferentes: o Windows RT para os Surface com processador ARM e o Windows 8 Pro para os modelos com processador Intel.
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O Surface com processador ARM será o primeiro a chegar ao mercado, em simultâneo com o lançamento do Windows 8, mas a versão com processador Intel e Windows 8 Pro só vai ser vendida 3 meses depois. Ambos os modelos têm um ecrã de 10,6 polegadas ClearType Full HD e partilham o material de fabrico exterior, feito de VaporMg, que combina no processo de fabrico vários materiais - metal e outras partículas – para dar um acabamento mais suave e ao mesmo tempo garantir a leveza e resistência.
As capas têm um sistema de suporte e um teclado que fazem com que o tablet se transforme rapidamente num notebook, e são coloridas. Muito coloridas.
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Para além dos processadores as diferenças entre os dois modelos do tablet estendem-se ao peso e espessura, mas também ao espaço de armazenamento, bateria e portas disponíveis, como se pode ver no quadro abaixo.
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A comercialização para já está apenas garantida nos Estados Unidos e através de uma loja online, sem indicações de que a Microsoft possa estender a venda dos Surface a curto prazo para outras regiões, um modelo que a empresa já aplicou noutras áreas, nomeadamente no Zune, o seu leitor de música de marca própria.
Para os novos tablets a Microsoft reutilizou uma marca que já tinha lançado em 2007. Surface era o nome da mesa interativa que a empresa lançou à data e que já tem uma segunda versão, mas que passa agora a chamar-se PixelSense.
Apesar de todo o aparato à volta dos novos tablets, a entrada da Microsoft no mercado de tablets com a sua própria marca tem alguns riscos, sobretudo no equilíbrio da parceria com os fabricantes de hardware que se têm mantido leais com o modelo até agora seguido: a Microsoft fazia o software e deixava o hardware para os parceiros, mesmo quando avançava com protótipos e design de produtos inovadores.
Esta lógica foi quebrada em poucas ocasiões, e revelou-se um sucesso com a consola de jogos Xbox mas um falhanço com o leitor de música Zune, construído para destronar o iPod da Apple.
Mas ninguém se atreve a fazer prognósticos antes do jogo começar. Agora é ficar a ver o que a máquina de marketing e o peso do nome e da marca Microsoft podem fazer para balançar um mercado que continua em crescimento acelerado mas que é dominado de forma muito confortável pela Apple, apesar das múltiplas alternativas em modo tablet, sobretudo com sistema operativo Android.
Veja abaixo o vídeo que a Microsoft preparou para apresentar os novos tablets.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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