A Microsoft Portugal partilhou hoje a sua visão estratégica para o mercado de pequenas e médias empresas, detalhando a forma de organização da nova marca para o segmento, a Microsoft Dynamics, em Portugal. Criada com o objectivo de reunir debaixo de um mesmo chapéu as várias ofertas da Microsoft para PMEs, resultantes de aquisições feitas ao longo dos últimos anos, a marca é o culminar do projecto que a empresa designou por Green e no país terá duas componentes essenciais: aplicações de gestão e CRM.



A primeira agrega a oferta da Navision, sob a designação Microsoft Dynamics Nav, e inclui ferramentas de gestão financeira, produção, ou gestão de clientes. A segunda - cuja versão em português estará disponível no próximo mês de Fevereiro - designa-se Microsoft Dynamics Softtware e inclui ferramentas para a gestão de vendas, serviços a clientes e campanhas de marketing.



Ambos os produtos procuram dar nova dimensão às ferramentas do Office, de uso diário para a maioria dos utilizadores, integrando com estas de forma automática e eliminando a necessidade de usar várias aplicações em simultâneo para fazer análises de informação, consultar dados ou partilhar informação, destacou Carlos Lacerda em conferência de imprensa.



À margem do encontro o responsável explicou ao TeK que embora recentes estas já são duas áreas prioritárias na estratégia da Microsoft com crescimento superior às expectativas da subsidiária. No ano passado a Microsoft Portugal previa um crescimento de 30 por cento nesta área, tendo chegado aos 48 por cento. Para este ano as expectativas são igualmente optimistas e prevê-se um crescimento em torno dos 50 por cento.



A performance já implicou um reforço da estrutura da empresa e a reestruturação do próprio canal, com a intensificação da formação de parceiros e a especialização em novas áreas, iniciativas que implicam um esforço de investimento de cerca de 2 milhões de euros por parte da empresa, precisou o responsável.



Já na conferência de imprensa o responsável tinha adiantado que há cerca de três meses a Microsoft teve de criar um uma equipa específica para tratar a área do CRM. Desde essa altura foram já feitas 19 implementações e certificados cinco parceiros nacionais. Em perspectiva estão mais de 70 oportunidades de negócio.



Francisco Chaves detalhou os pontos principais do road map internacional da Microsoft que deixa antever o futuro das soluções desenvolvidas no âmbito da marca Dynamics. De acordo com esta agenda, até 2008 o objectivo é trabalhar numa melhor integração das aplicações com o Office, na área de portais, business intelligence e na integração com outras aplicações, como sejam web services.



De sublinhar que os dois novos produtos que para já resultam da convergência de aplicações adquiridas a terceiros terão cinco anos de suporte e garantia pelo menos até 2013, frisou o responsável.



Produtos mais focalizados para a área de servidores



Júlio Rodrigues, responsável pela unidade de servidores da Microsoft Portugal explicou que no trabalho de análise ao mercado de PMEs, a Microsoft tem apurado que este é o segmento de mercado "mais mal servido na área de TIs". Segundo ele falta aconselhamento específico para assegurar a boa implementação de produtos e mesmo o conhecimento sobre as soluções mais adequadas.



Neste tipo de empresas é também notória uma limitação dos recursos alocados à área de TI com conhecimentos generalistas e pouco aprofundados. Face a esta análise a empresa respondeu em Julho com um novo pacote de tecnologias servidoras que permite às empresas pouparem até 20 por cento, refere o responsável, acrescentando que esta oferta é complementada com um livro que pretende ser um suporte para os responsáveis TI das empresas, facilitando a implementação de soluções.



Para 2007/2008 a empresa prepara uma nova oferta para o segmento, que já será suportada na nova versão do sistema operativo. Com o nome de código Centro esta nova solução de infra-estrutura de servidor terá como objectivo simplificar a gestão das tecnologias de informação nas organizações de média dimensão e recursos limitados, detalhou Júlio Rodrigues.



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