O MIT Media Laboratory confirmou que deverá lançar já em Novembro um protótipo do portátil com um custo de 100 dólares, mas a produção em volume, que permitirá a comercialização, só está prevista para 2006. A iniciativa lançada por Nicholas Negroponte pretende assim cumprir o objectivo definido de conseguir entregar notebooks a baixo preço para o mercado da educação em países sub desenvolvidos.



Segundo Nicholas Negroponte os primeiros países a beneficiar da iniciativa serão o Brasil, China, Egipto, África do Sul e Tailândia, mas também o estado norte-americano de Massachusetts, que quer garantir um portátil para cada criança em idade escolar. A produção em massa dos primeiros 5 milhões de portáteis deve ser iniciada no final de 2006 e até Dezembro de 2007 o objectivo é produzir entre 100 a 150 milhões de unidades, com o preço a ser gradualmente reduzido.



O protótipo será mostrado na Conferência Mundial da Sociedade da Informação, marcada para Novembro na cidade de Tunes, na Tunísia. O MIT conseguiu reunir interesses e esforços de diversas áreas, com destaque para os fabricantes de hardware, que puderam assim concretizar o portátil.




O laptop tem um processador que corre a 500 MHz e utiliza uma versão do sistema operativo Linux. Uma das características diferenciadoras é que o ecrã vai possuir dois modos, o de cor e preto e branco, para facilitar a utilização do equipamentos em situações de intensa exposição à luz solar.



Para se adaptar às difíceis condições do terreno, o portátil poderá ser feito de borracha e integrar um sistema alternativo de fornecimento de energia através do qual a criança pode dar à manivela para gerar alimentação eléctrica. Se der à manivela por um minuto consegue 10 minutos de bateria para usar o computador, indica a informação do MIT Media Lab.




Nicholas Negroponto salientou numa conferência recente que antes de se resolverem os problemas de conectividade nos países em vias de desenvolvimento tem de se apostar na maior penetração de computadores. O guru tem defendido que todas as crianças do mundo devem ter o seu próprio portátil de forma a aumentar o nível de educação e ajudar a estimular a auto aprendizagem.

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