Lançada em 2009, a sonda tinha como objetivo procurar planetas fora do sistema solar, numa missão que durou mais que o previsto inicialmente, mas que acaba por ser interrompida devido a problemas numa das peças do telescópio.



O Kepler usa quatro "rodas" estabilizadores, sensores compostos por giroscópios que servem para garantir a precisão das observações realizadas pelo telescópio. Uma destas peças já tinha falhado em julho de 2012, o mesmo problema afetou mais uma das quatro rodas em maio desde ano.



Nessa altura, o Kepler deixou de funcionar e desde então os cientistas da NASA têm estado a avaliar a possibilidade de reparação. Para manter a missão era necessário garantir que o equipamento manteria uma elevada capacidade de precisão nas suas observações.

Os testes realizados ao longo dos últimos meses indicam que não é possível oferecer estas garantias e a NASA dá por finalizada a operação, embora admita que o Kepler pode ainda ser usado com outros objetivos.



O telescópio esteve no ativo ao longo de três anos e meio, terminando a sua principal missão em novembro do ano passado. No período observou cerca de 150 mil estrelas e detetou 3.500 candidatos a planetas extra-solares, 135 dos quais já confirmados.



O Kepler foi programado para observar em detalhe as estrelas e identificar pequenas alterações no seu brilho, que podem ser provocadas pela passagem de possíveis planetas.




Uma nova missão exploradora tinha já sido anunciada pela NASA. Chama-se TESS e que vai usar a mesma técnica de observação da missão Kepler, embora recorrendo a tecnologias mais modernas.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico