O Prémio Nobel da Física foi atribuído este ano a um projecto que promete revolucionar a electrónica do futuro. A dupla de origem russa Andre Geim e Konstantin Novoselov, à qual já estiveram ligados investigadores portugueses, foi distinguida pela Real Academia Sueca pelo seu trabalho pioneiro com o grafeno, um material que poderá ser aplicado em áreas como a dos computadores, dos ecrãs tácteis ou dos painéis solares.
O grafeno é descrito como uma forma de carbono, o melhor condutor conhecido de calor. O novo material permite construir transístores que ultrapassam claramente a rapidez dos transístores clássicos de silício e fabricar computadores mais eficazes.
Como é praticamente transparente e bom condutor é compatível com a produção de ecrãs tácteis transparentes, painéis luminosos e captadores solares, refere o comité Nobel, num comunicado citado pela AFP.
Para os laureados, que se mostraram surpreendidos com o prémio, tudo começou com fita- cola, o produto a que recorreram há seis anos atrás para isolar o grafeno.
De referir que a dupla de investigadores do centro de Nanotecnologia da Universidade de Manchester, no Reino Unido, é conhecida de João Lopes dos Santos, Nuno Peres e Eduardo Castro, três físicos portugueses que publicaram trabalhos científicos com Andre Geim e Konstantin Novoselov.
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