A tecnologia já está operacional e, numa primeira fase, será utilizada pela Agência Galega de Emergências (AXEGA) e por Forças e Organismos de Segurança do Estado Espanhol, além de entidades sócio-sanitárias. Para já, a Drone Finder só está disponível em Espanha, mas, como indicam os criadores da solução, o projeto poderá vir a ser implementado em outros países.

Em comunicado é detalhado que a Drone Finder já foi testada em diferentes cenários e casos de utilização, como em zonas periurbanas como rurais e costeiras, num total de 11 missões de localização e busca em colaboração com a AXEGA e membros das Forças e Corpos de Segurança do Estado Espanhol.

As primeiras 48 horas são vitais para o sucesso das operações de procura de pessoas perdidas, em particular em casos mais críticos que envolvem pessoas com défice cognitivo, doenças neurodegenerativas ou com deficiências. 

Para tal, a solução analisa automaticamente, em tempo real, grandes volumes de imagens recolhidas pela câmara de vídeo dupla (RGB e térmica) incorporada nos drones, utilizando um software de Inteligência Artificial que foi treinado com cerca de 40 horas de gravações de vídeo.

O sistema também pode detetar a pessoa perdida caso ela esteja a usar dispositivos como smartphones ou smartwatches. Para minimizar os tempos de resposta e otimizar os recursos utilizados nas operações de busca, é enviado um aviso diretamente às equipas de emergência.

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Para o projeto, a Indra disponibilizou a sua experiência através de um centro de processamento de dados que compila toda a informação recolhida de diversas fontes.

O Sistema de Gestão da Busca de Pessoas Desaparecidas (SGBPD) permite centralizar e armazenar entradas de informação de diferentes sistemas, oferecendo uma interface a partir da qual é possível acompanhar a captação de dados em tempo real.

Além disso, o sistema também dá ao 112 a possibilidade de aceder, em tempo real, às funcionalidades propostas a partir de qualquer lugar onde exista uma ligação à Internet ou cobertura de telemóvel.

A Aeromedia forneceu o hardware que permite a busca através de relógios, pulseiras inteligentes ou telemóveis e a implementação da operação de busca com UAVs.

Já o Centro Tecnológico do ITG contribuiu com a sua experiência em Visão Artificial com uma solução concebida para que as equipas de busca possam fazer uma inspeção visual automatizada das imagens captadas pelos drones. 

O projeto DroneFinder é promovido pela Xunta de Galicia no âmbito da Iniciativa Civil UAVs, do Programa Estratégico 2021-2025, e foi financiado no âmbito do eixo REACT-EU do Programa Operacional FEDER da Galiza 2014-2020, como parte da resposta da União Europeia à pandemia da COVID-19.