Nos últimos três anos, as mulheres ultrapassaram os homens em termos de competências e utilização do PC e da Internet na União Europeia, uma tendência que continua a verificar-se, de acordo com um relatório da Comissão Europeia.



O documento sublinha a importância deste dados, mas nota que a evolução tem de ser acompanhada do ponto de vista da educação, para que se possa converter numa oportunidade real e contribuir para diminuir o fosso digital entre populações.



O relatório, a que a Comissão chamou "eInclusão: a Dimensão Local da Sociedade da Informação" considera que a educação é fundamental para estar "incluído", como demonstram as taxas de penetração de Internet mais elevadas da Europa, encontradas nos países onde também os níveis de educação são mais elevados.



O documento aponta o dedo ao preço dos PCs como um dos grandes obstáculos para a redução do fosso digital, referindo-se em particular aos novos Estados membros. A questão dos acessos, principalmente em zonas rurais e remotas, é também apontada como entrave.



Segundo números ali apresentados, a penetração média de Internet na UE dos 15 era de 43,5 por cento, tendo caído para 41,4 por cento depois do alargamento a 25 países. Esta decida verifica-se embora todos os novos países tenham uma taxa de penetração superior a 25 por cento, aproximando-se de países como Portugal ou a Grécia, refere o documento.



O relatório considera que o acesso à Internet e as competências na área da informática podem ser uma forma de evitar a pobreza, mas adverte para a necessidade de informar os cidadãos sobre os requisitos destas competências, assim como sobre a sua importância para o futuro.



Este dever de informar é da competência das autoridades locais, que desta forma contribuem para tornar mais eficazes as políticas de universalização do acesso á Sociedade da Informação, refere o documento.



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