O reinado do computador pessoal está próximo do fim. Segundo a Gartner, o protagonismo da vida digital vai passar para a computação na nuvem e num tempo não muito longínquo daquele em que estamos hoje: em 2014.



Os últimos anos foram marcados por um "processo de amadurecimento" e a partir de agora, e até 2014, irá assistir-se à adoção massiva da tecnologia, que marcará a experiência de computação pessoal, defende a consultora.



"Registaram-se várias tendências que afastaram o mercado do foco nos computadores pessoais para uma perspetiva mais alargada relativamente aos dispositivos, que inclui smartphones, tablets e outros equipamentos", salienta o vicepresidente de investigação da Gartner, Steve Kleynhans, numa nota à imprensa.



Para a consultora, os serviços de cloud irão converter-se "na cola que liga a rede de dispositivos que os utilizadores elegem para diferentes momentos do seu dia-a-dia".



Depois de (estar a) causar um "furacão" no sector das TIC, a cloud trará aos utilizadores finais mais flexibilidade, satisfação e produtividade. Tal exigirá que do lado das empresas se repensem aplicações e serviços, aconselha-se.



"Muitos chamam-lhe a era pós-PC, mas não tem diretamente a ver com o facto de ser 'depois do PC', remetendo antes para um novo estilo de computação pessoal que dá maior liberdade aos indivíduos na utilização dos dispositivos e que melhora as suas vidas profissionais e pessoais".



Este novo cenário resulta, segundo a Gartner, da combinação entre megatendências como facto de os consumidores serem cada vez mais participativos (a chamada consumerization), a virtualização, as aplicações cada vez mais multiplataforma, os serviços na nuvem para o utilizador final e a cada vez maior adoção de dispositivos móveis.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé