A Microsoft continua a insistir no nome da sua próxima consola, a Xbox Series X, mas revelou novidades do que a comunidade gamer e respetivos developers podem esperar quando esta chegar às lojas no final do ano. Já se sabia que esta seria, obviamente, a mais rápida plataforma de jogos da fabricante, e que os seus estúdios estão já a trabalhar a todo o gás para produzir jogos para a consola, só não se sabe se acompanharão o seu lançamento.
Em termos de hardware, a consola é alimentada pelo processador customizado Zen 2 da AMD, reforçado pela arquitetura RDNA 2. Em termos práticos, a fabricante refere que o poder de processamento será quatro vezes superior a uma Xbox One, ou seja 12 TFLOPS de GPU, o dobro de uma Xbox One X e oito vezes mais a Xbox original.
Outro detalhe interessante é a tecnologia VRS (Variable Rate Shading) patenteada pela Microsoft que garante um desempenho total da consola. Invés de utilizar ciclos de GPU de uma forma uniforme, para cada pixel singular será possível priorizar efeitos individuais em personagens específicas ou objetos importantes no ambiente do jogo.
A tecnologia visual de Raytracing chegou também ao DirectX, via aceleração por hardware. Tecnologia que as placas gráficas da NVidia RTX introduziram no ano passado no PC. E já se fala que o Raytracing possa chegar ao áudio, um sistema de som espacial capaz de oferecer uma maior imersão nos videojogos da consola. E quem refere é Jason Ronald, diretor da gestão da programação da Xbox, citado pelo The Verge. “Com a introdução de aceleração de raytracing via hardware na Xbox Series X, seremos capazes de gerar novos cenários, seja iluminação mais realística, melhores reflexos, e poderemos até usar para coisas como áudio espacial e ter um áudio ray traced”. Tudo aponta para mais detalhes durante a próxima GDC, em março.
Um dos elementos que tem apelado a comunidade diz respeito à introdução de SSD como elemento de armazenamento de dados. A tecnologia vai obviamente acelerar o carregamento dos jogos, permitindo jogar sem os típicos ecrãs de loading. Mas isso significa também a capacidade de gerar conteúdos com maior escala, mundos maiores e mais detalhados. A introdução do SSD vai permitir ainda utilizar o sistema Quick Resume, ou seja, a capacidade de resumir jogos de forma quase instantânea, algo que mesmo a Xbox One oferecia em alguns jogos. Mas na nova consola essa funcionalidade poderá mesmo aplicar-se quando a consola é reiniciada, avançou Larry Hyrb, responsável pelo Xbox Live, no seu podcast.
Fala-se ainda na otimização da latência no pipeline jogador-para-consola, como o comando wireless, que aproveita a largura de banda para oferecer controlos mais precisos e com maior resposta aos inputs. A consola vai também tirar partido das ligações HDMI 2.1 para melhor qualidade e fluidez de imagem. Obviamente que tudo isto faz sentido quando se fala numa consola capaz de correr jogos a 120 fps, quebrando a barreira dos já excelentes 60 fos da geração anterior.
Mesmo com um catálogo inicialmente diminuído, a Xbox Series X será retro compatível com todas as consolas anteriores da marca, ou seja, a Xbox One, a 360 e a original. E, mas que replicar as experiências originais, a consola irá melhorar o framerate, o tempo de carregamento e até adaptar os seus visuais sem a necessidade de intervenção das próprias produtoras.
O interessante, e uma das novidades agora apresentadas, é o sistema Smart Delivery. Esta garante que independentemente da versão escolhida, estará sempre a jogar na melhor experiência. Basicamente, se tiver por exemplo, adquirido a versão de Halo Infinite para a Xbox One, ao utilizá-lo na Series X irá desbloquear a respetiva versão ou otimização do mesmo. Esta tecnologia já veio a ser apoiada pela CD Projekt RED, a produtora de The Witcher 3 e Cyberpunk 2077, que defende que os jogadores não deveriam de comprar duas versões do mesmo jogo. Uma versão deveria ser depois atualizada para a geração seguinte, deixando a dica para o seu próximo jogo que será inter-geracional.
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