Quer nas empresas privadas, quer nos organismos públicos, os dados são hoje um dos ativos mais importantes. A gestão desses dados e consequente transformação dos mesmos em valor deve seguir um conjunto de princípios, uma vez que a utilização das informações dos clientes e colaboradores de forma extensiva, comporta uma responsabilidade acrescida no seu uso, armazenamento e na forma de tratamento.
As organizações devem ter em conta vários fatores na sua estratégia de gestão de dados. “Primeiro, saber que dados têm, criando um catálogo, permitindo a correta utilização dos mesmos e impedindo redundâncias desnecessárias e até incongruências de informação”, referiu João Borrego ao SAPO TEK, numa entrevista de antecipação da conferência online Data in Motion, que a tecnológica organiza, especificamente, para o mercado português, no próximo dia 24 de novembro, e que já tem inscrições abertas.
A seguir, “e talvez mais importante”, é necessário garantir a segurança dos dados e a ética na sua utilização, acrescenta o Solutions Engineering Director da Oracle Portugal.
“Na componente de segurança, há que ter em atenção dois vetores: a segurança da identidade e a segurança dos próprios dados”
Para João Borrego as organizações devem conseguir responder a um conjunto de questões, “como por exemplo: todos os ambientes não produtivos têm os dados anonimizados (masking)? Necessito de todos os dados, ou apenas de uma fração dessa informação (subset)? A informação está encriptada nos repositórios? Está implementada uma política de segregação de funções? Conseguimos saber quem são os agentes/colaboradores/pessoas que podem aceder a estes dados?”.
A escolha da tecnologia que está na base dessa gestão de dados também é extremamente importante. Na opinião do Solutions Engineering Director da Oracle, as empresas deverão utilizar tecnologia que permita uma estratégia de exploração de dados com qualidade e fiabilidade para produzir conhecimento assertivo e fidedigno, “que possibilite uma exploração de dados convergente e que evite a criação de silos, quer funcionais, quer tecnológicos, que bloqueiem a realização do potencial valor dos dados”.
Do mesmo modo, a utilização de tecnologias, tais como autonomia, real time, In Memory, IoT, Inteligência Artificial, Machine Learning, Blockchain, Grafos, Spatial ou Json, de forma convergente, ou seja, alavancando dados nos repositórios onde residem, são fulcrais para explorar novas possibilidades na utilização dos dados de modo a permitir melhorar os modelos de negócio existentes, e/ou inclusive criar novos modelos de negócio, considera João Borrego.
“As organizações portuguesas - públicas e privadas - estão cada vez mais conscientes da criticidade e da importância da transformação dos dados em valor, mas historicamente, por razões humanas, tecnológicas, processuais ou mesmo de legado, descuraram muita informação que até já existia ‘dentro de casa’”, nota.
No entanto, a necessidade de transformar o seu modelo de negócio, de inovar, e mais recentemente a própria pandemia, mudou o mindset das organizações. “Hoje são muitas as que estão a implementar estratégias de gestão de dados que as levam no sentido de acrescentar mais valor ao seu negócio e de o oferecerem aos seus colaboradores, aos seus clientes e à sociedade em geral, respeitando a ética, as normas e a regulação como o RGPD”.
É diferente gerir dados em época de pandemia?
O problema da gestão e da exploração da informação associado ao crescimento exponencial dos dados e da necessidade de dar respostas rápidas aos problemas da humanidade, já não pode ser resolvido, como anteriormente, através da adição de mais recursos humanos especializados, ou simplesmente através da aquisição de mais infraestrutura.
Dado o contexto atual, a adoção de soluções em Cloud, que sejam de certa forma autogeridas, seguras, escaláveis e inovadoras será a melhor opção, segundo João Borrego.
“A Oracle está no “negócio dos dados” há mais de 40 anos e tem apoiado as maiores empresas do mundo e de Portugal a inovarem, a tirarem partido de tecnologias tais como, o clustering, o In Memory, a IoT, a Inteligência Artificial, o Machine Learning, o Blockchain, a Grafos, a Spatial ou o Json, e usando-as de uma forma evolutiva que acompanhe o crescimento e as necessidades dos seus clientes e que não lhes crie um défice tecnológico, muitas vezes 'castrador' da inovação do negócio”.
"A pandemia e a velocidade a que os negócios e o mundo se movem exigem que se façam as escolhas tecnológicas certas e se opte por soluções capazes de acompanhar essa evolução"
A tendência é, cada vez mais, termos tecnologia que, de forma convergente, autónoma, e inteligente, nos ajude a tirar partido dos dados e a transformá-los em conhecimento de uma maneira mais simples e ágil.
Estamos num momento em que o “time to value” para extrair conhecimento dos dados é extremamente reduzido graças aos avanços tecnológicos tais como a autonomia, a convergência e o Auto ML, entre outros, sublinha o Solutions Engineering Director da Oracle.
“Esta tendência de aceleração de utilização da tecnologia - por a mesma ser mais inteligente e autónoma, permitindo-nos focar mais nos resultados em vez de tarefas rotineiras e de baixo valor, está para ficar e vai acelerar”, antevê o João Borrego. “A Oracle está na linha da frente a definir estas tendências e, por isso mesmo, criou há mais de dois anos a primeira base de dados autónoma do mercado que é à data de hoje utilizada pelas empresas para suportar a sua transformação digital de forma acelerada”.
Soluções Oracle não faltam
Base de Dados Convergente e Autonomous Database, arquiteturas de missão crítica: máxima disponibilidade, segurança, escalabilidade e sharding; e Machine learning com Python/R e analítica avançada sobre grafos são alguns dos temas que vão estar em debate na conferência online Oracle Data in Motion, em redor das mais recentes novidades da plataforma de Data Management da gigante tecnológica.
A Oracle Data in Motion decorre no próximo dia 24 de novembro, entre as 10h00 e as 12h45, e a inscrição é gratuita. “As sessões que preparámos para este evento são interessantes para todo o tipo de audiências, desde clientes Oracle, que procuram saber as tendências e novidades das soluções Oracle, até ao público académico - que procura as soluções mais inovadoras do mercado”.
A conferência terá componentes bastante tecnológicas, mas com uma linguagem acessível a qualquer nível de conhecimento técnico, garante João Borrego. “Convidamos por isso desde o académico até ao decisor, pois com certeza conseguirão tirar partido da informação que iremos partilhar”.
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