A Oracle está a proceder à reorganização da sua estrutura para acomodar as aquisições feitas nos últimos meses. Em Portugal a integração das empresas adquiridas tem pouco significado, já que a PeopleSoft não tinha presença directa em Portugal e por isso as principais alterações na estrutura nacional têm a ver com a forma de posicionamento no mercado e com o relacionamento com Espanha, explicou hoje à imprensa o novo director geral local, João Taron.



Na sua nova lógica de organização a empresa quer posicionar-se como a grande alternativa à SAP, líder mundial do mercado de aplicações, e aumentar quota no segmento de pequenas e médias empresas, reforçando a rede de parceiros.



A estratégia será posta no terreno a nível ibérico, já que a operação portuguesa e espanhola passam a organizar-se em cluster, explicou o novo responsável português, que substitui João Matias. A operacionalização desta estratégia passa pela criação de uma unidade autónoma que se irá dedicar às aplicações, procurando reforçar a presença da Oracle neste segmento.



João Taron escusou-se a adiantar pormenores sobre os detalhes da estratégia limitando-se a dizer que a operação ibérica vai triplicar a equipa alocada a esta área e apostar em recursos humanos muito qualificados, para ambos os países.



Antes desta decisão a Oracle estava organizada por indústrias e era a partir dessa segmentação que trabalhava o mercado nas suas três áreas de actuação: bases de dados, middleware e aplicações.



A nova organização tem como objectivo permitir à empresa desenhar uma presença mais forte no mercado de aplicações tirando partido do portfólio de produtos que passou a gerir com a aquisição da PeopleSoft (e consequentemente da JD Edwards) e mais recentemente da Retek.



Com o mesmo objectivo será reforçada a rede de parceiros em toda a Europa. Estes parceiros são o elo entre a Oracle e o cliente no segmento médio do mercado, onde a empresa opta definitivamente por uma estratégia indirecta, como aliás já tinha sido anunciado a nível internacional.



A JD Edwards é a marca forte do portfólio Oracle para este segmento, mas João Taron garante que os cerca de 130 parceiros locais podem optar por continuar a estar no mercado com as suas próprias aplicações, desenvolvidas sobre plataformas Oracle.



O responsável garantiu ainda que esta será a principal área de crescimento da Oracle em Portugal no corrente ano fiscal e acrescentou que em termos globais a operação portuguesa espera este ano crescer acima de 20 por cento, previsão global de crescimento da companhia.



Nota de Redacção [15-07-2005 10:28]: A notícia foi alterada para corrigir o nome do anterior director-geral da Oracle para Portugal


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