
Grande parte dos anúncios feitos pela gigante de software no Oracle OpenWorld 2015, em São Francisco, tiveram como mote central a Cloud, que é vista pela empresa como a solução para contornar o cenário de estagnação que é sentido em muitas companhias, facilitando a tomada de decisão e oferecendo flexibilidade acrescida nas tecnologias de informação. Os números da Oracle apontam para que, até 2025, 95% dos gastos de TI sejam "deslocados" para a Cloud.
Com o habitual estilo provocatório, Larry Ellisson chegou mesmo a afirmar que na área da Cloud a SAP e a IBM não são concorrentes, até porque não estão nas cinco maiores empresas na Cloud, a nível de receitas. Este ranking e dominado por empresas como a Amazon, Microsoft, Google e Salesforce, e a Oracle também não está na lista, embora figure no segundo lugar só se for contabilizada a área de SaaS (Software as a Service).
A transição das empresas para a Cloud é vista como imparável, mas não será imediata, devendo estender-se nos próximos 5 a 10 anos. A tendência é menos perceptível na Europa mas nos Estados Unidos já é muito clara, explicou Hugo Abreu, director geral da Oracle Portugal num encontro com jornalistas.
Para já a venda de soluções “on premisses” continua a ser dominante em Portugal, mas a Oracle está a registar “crescimentos anuais muito grandes”, mais do que duplicando a venda de soluções, a nível de receitas e clientes”, essencialmente na área de aplicações (SaaS), mas sendo também importante em plataformas (PaaS), que inclui as bases de dados.
O maior crescimento é feito na base instalada de clientes, mas há também novas referências, e nesta área os parceiros também são muito relevantes, e fazem mais de 90% das vendas em Portugal, confirma Manuel Gonçalves, Director Alliances and Channels da Oracle Portugal. A canalização do negócio através de parceiros é uma tendência que a Oracle assumiu nos últimos anos e que tem dados resultados positivos, sendo cada vez mais relevante nas receitas da empresa.
Para o ano fiscal que fecha a 31 de maio de 2016 Hugo Abreu afirma que a Oracle Portugal vai continuar a apresentar crescimento, embora não garanta ainda que consegue chegar aos dois dígitos. “Estou optimista […] Temos muitas oportunidades a trabalhar que dão perspectivas para que 2016 seja um ano de crescimento”, explicou aos jornalistas, adiantando porém que há alguns desafios, nomeadamente a incerteza quanto ao desbloqueio de orçamentos no sector público, onde a empresa tem tradicionalmente muito peso, e também a evolução do sector financeiro.
A área de cloud tem ainda um peso pequeno no negócio, em linha com o que acontece a nível internacional. Outros dos destaques vai para a área de engineered systems, que regista crescimento pelo terceiro ano consecutivo.
Durante o Oracle OpenWorld 2015 a empresa fez vários anúncios relevantes, nomeadamente na área da segurança com o conceito always on, na nova família de servidores e nos processadores com o SPARC M7, e ainda na oferta abrangente de Cloud, que toca a área de aplicações, plataformas e infraestruturas.
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