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Gostaria de se sentar no sofá e seleccionar a sua música preferida apenas cantarolando a melodia ou acredita que o seu espelho de casa-de-banho lhe poderá vir a dizer que está doente quando tal se verificar? A partir de agora, esses "sonhos" poderão estar mais próximos da realidade já que a Philips inaugurou oficialmente a sua HomeLab, uma casa real equipada com o de mais recente há na tecnologia e que será testada por pessoas normais, num ambiente quotidiano.



O HomeLab é uma casa real - com direito a sala de estar, cozinha, dois quartos, casa de banho e escritório - controlada por câmaras ocultas, microfones e espelhos de duas faces a partir de salas de observação sofisticadas. Isto irá permitir que os investigadores da Philips "convivam" com os ocupantes da casa 24 horas por dia, sete dias por semana, de modo a melhor perceber as suas necessidades e motivações para que melhores produtos cheguem ao mercado de forma rápida.



O HomeLab integra um conjunto de tecnologias-protótipo de ambiente inteligente que são sensíveis, personalizáveis, adaptáveis e interactivas. Inclui sistemas de entretenimento que podem responder a comandos de voz humana ou criar ambientes digitais de fantasia para jogos de realidade virtual; tecnologia de biofeedback integrada nos objectos de uso diário como espelhos de casa-de-banho; e um interface de utilizador interactivo que consolida múltiplos dispositivos domésticos num sistema único para a gestão de actividades digitais tradicionais, como a gravação de uma mensagem de voicemail ou ouvir música a partir de qualquer uma das divisões da casa.



A maioria das ligações existentes são wireless, com sistemas controlados por dispositivos portáteis, assim como monitores de ecrã plano de grande dimensão. A LAN (Local Area Network) do HomeLab tem acesso ao mundo exterior através de uma ligação à Internet em banda larga. As imagens de televisão poderão ser projectadas em paredes brancas e a música será proveniente de MP3s armazenados no Jukebox da HomeLab.



As experiências de teste tradicionais assentavam no modelo dos voluntários que testavam um novo produto durante um determinado período de tempo antes de dar a sua opinião, muitas vezes passadas apenas algumas horas. Embora isso possa fornecer um bom feedback inicial, não identifica, segundo a Philips, se os consumidores ficam aborrecidos, frustrados ou até mesmo zangados com determinado produto com o passar do tempo. Com o HomeLab, os "residentes" permanecerão na casa entre 24 horas a dois meses, dependendo do género de pesquisa que estiver a ser efectuada.



"Para construir um mundo onde a Inteligência Ambiente seja uma constante precisamos de ensinar a tecnologia a reagir aos humanos, em vez de obrigar os humanos a 'programarem' a tecnologia", afirmou Erkki Liikanen, o comissário europeu responsável pelo investimento da União Europeia na nova aposta da Philips.



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