A sexta edição da Diciopédia deverá estar à venda na terceira semana de Setembro em versão CD-ROM e em DVD nas semanas seguintes. A Porto Editora apresentou hoje aos jornalistas a Diciopédia 2003, a principal produção multimédia desta empresa, quer pela dimensão de conteúdos quer pela importância das vendas.



Depois da edição de 2002 ter registado entre 55 e 60 mil unidades vendidas, Vasco Teixeira, director geral da empresa, afirma que espera com a nova edição da Diciopédia reforçar ou ultrapassar o sucesso das anteriores, conseguindo pelo menos o mesmo número de vendas.



A Diciopédia 2003 custará, como a edição anterior, menos de 50 euros (49,99 euros), mantendo a "tradição" de ter o mesmo preço na versão em CD-ROM (que conta com 4 CDs) e em DVD, mas Vasco Teixeira admite que as vendas da edição em DVD são ainda reduzidas, correspondendo a menos de 1 décimo das registadas em CD-ROM.



Na Diciopédia 2003 foi realizada uma actualização e aumento dos conteúdos, nos quais estão incluídas mais 10 mil elementos multimédia e 28 mil inter-relações entre palavras dos artigos, mas também existem novidades na tecnologia e interface com o utilizador. A navegabilidade do produto foi melhorada de forma a facilitar ainda mais o acesso à informação, aproximando-o mais do conceito da navegação Web.



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O principal destaque dentro das novas ferramentas adicionadas ao produto é dado aos módulos de Navegação Temática - que permite a navegação por temas enciclopédicos numa experiência de utilização lúdica e não da procura específica da informação - e de Perguntas & Respostas (veja imagem acima). Este último assenta no conceito inovador, baseado em linguagem natural e princípios de inteligência artificial, que permite ao utilizador formular questões objectivas que são respondidas através do recurso a uma base de dados que foi trabalhada especificamente para esta área.



Segundo José Carlos Medeiros, da Divisão de sistemas e desenvolvimento da Porto Editora, a formulação directa neste módulo funciona quase como um motor de pesquisa orientado a factos e não a documentos e a base de dados que está por trás da informação apresentada é quase tão vasta como a de toda a Diciopédia. Considerando esta área da Diciopédia ainda em evolução, José Carlos Medeiros explica que é apenas o início para aquela que pode vir a tornar-se uma nova abordagem de disponibilização de informação ao utilizador.



Entre as novidades deste ano contam-se ainda o desenvolvimento da extensão online da Diciopédia 2003, que a Porto Editora promete ser mais completa e como um interface mais amigável.




Quem já tem a Diciopédia 2002 e é utilizador registado poderá adquirir o novo dicionário enciclopédico da Porto Editora com algum desconto, mas ao contrário da maioria dos produtos de software, não pode fazer upgrade. Vasco Teixeira explica que a ideia do upgrade não faz sentido porque as diferentes Diciopédias são produtos autónomos, e os interfaces e tecnologia estão sempre a evoluir. Porém, admite que a taxa de repetição de compra do produto é baixa e deverá rondar os 10 a 20 por cento de todas as vendas, embora "pessoalmente tenho o sentimento de que os utilizadores têm tendência a repetir a compra de 2 em 2 anos", afirma.



Quanto à possibilidade de disponibilizar o acesso através da Internet à Diciopédia, Vasco Teixeira considera que ainda não existem condições em termos de largura de banda para se pensar neste investimento porque a Diciopédia tem uma importante componente multimédia. Admite porém que o actual desenvolvimento de tecnologias de banda larga, como o ADSL e o Cabo, podem justificar que em 2003 se considere mais atentamente esta hipótese.

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2001-10-05 - Enciclopédias digitais para todos os gostos