Um estudo produzido pela Euler Hermes avaliou a capacidade dos países em todo o mundo se adaptarem à transformação digital (Enabling Digitalization Index), ou seja, serem capazes de oferecer o ambiente necessário às empresas para que os seus negócios sejam bem-sucedidos na economia global digitalizada. Os 115 países presentes foram avaliados numa escala de pontuação de 0 a 100, e Portugal surgiu muito bem posicionado no 32º lugar com 82,9 pontos, conquistando uma posição na tabela face ao ano anterior.
Em relação à Europa, Portugal está em 17º, tendo em conta os dois parâmetros principais: a dimensão do seu mercado e as infraestruturas. A pontuação de Portugal coloca-nos à frente da França, com 81,3 e a Bélgica com 73,3, e muito próxima da vizinha Espanha que obteve 82,9 pontos. No parâmetro relativo ao conhecimento, Portugal obteve 61,6 pontos, destacando-se da Espanha com 58,7 e Itália com 59,8 pontos. Segundo o relatório, nos países que compõem o OCDE, Portugal conquistou o 26º lugar na lista.
De uma forma geral, os rankings são atribuídos face a diferentes parâmetros, cada um com um peso específico na pontuação. Entre elas a regulamentação do país tem de ter flexibilidade para a digitalização. Segue-se o conhecimento, através da qualificação na formação e educação superior dos colaboradores das empresas. A conetividade é essencial para redes seguras e acessíveis na transformação digital. As infraestruturas das redes de internet e servidores seguros. Por fim, um dos parâmetros mais importantes no ranking é a dimensão do próprio mercado do país, contabilizado pelo número de utilizadores de internet e o seu respetivo rendimento.
Ao nível global, os Estados Unidos lideram a lista do ranking com 87 pontos, devendo-se ao tamanho do seu mercado, um alto conhecimento e ambiente favorável para o negócio. A Alemanha, Holanda, Suíça e Reino Unido encabeçam o TOP 5 do ranking, destacando a posição da Europa Ocidental com capacidade de transformação digital, listando 16 países dentro dos melhores 30 países. O estudo explica que as práticas de negócio alinhadas com a construção da União Europeia contribuíram para a sua posição de liderança destes países, para além do seu elevado ecossistema de conhecimento, sobretudo na região dos países nórdicos.
O estudo destaca ainda a posição dos países asiáticos, na região do Pacífico, alocados no Top 30, incluindo o Japão em 7º, Singapura em 8º, Hong Kong em 9º, Coreia do Sul em 10º, a China em 17º, a Austrália em 20º, a Nova Zelândia em 22º e a Malásia no 30º. A China é destacada pela sua dimensão do mercado, mas não conquista um melhor lugar devido à fraca qualidade de conetividade.
Na região da América Latina, o estudo refere que as condições de infraestrutura logística, a fraca conetividade e a falta de inovação condicionam a “explosão” digital, destacando-se ainda assim o Chile em 43º e o México a 52º. No Médio Oriente, os Emiratos Árabes Unidos posicionam-se em 24º, a Arábia Saudita está no 50º e o Egito no 80º. A África do Sul é o líder do continente africano, ocupando o 46º lugar no ranking contrastando com a Nigéria, que surge no 100º posto.
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