O anúncio de ontem já deixou antever algumas das características que distinguem o novo televisor 4K da Philips, o Philips 9000, mas uma análise mais detalhada – e aproximada – ajuda a distinguir os benefícios de imagem que se podem obter com a tecnologia que multiplica por 4x a resolução do HD.

Num workshop dedicado à Ultra Definição, Danny Tack mostrou a base da tecnologia que a TP Vision acaba de demonstrar e o que é feito a nível de processamento para tornar a imagem ainda mais definida e precisa, naquilo que a marca designou como Ultra Resolution para Ultra Definition.

Através do Ultra Pixel HD Engine, desenvolvido pela TP Vision, são tratados vários elementos da imagem para melhorar a qualidade inicial, o que é aplicado mesmo a imagens Full HD com benefícios. Como a disponibilidade de imagens 4K (UHD) é ainda muito limitada a capacidade de realizar upscalling com qualidade é crucial para vender os novos televisores, cujos preços rondam os 5 mil euros.

O contraste, a resolução, o tratamento das cores – especialmente o preto – e o acompanhamento da velocidade tornam-se elementos centrais nesta estratégia de melhoria de imagem sem saturação de cores ou desfocagem. Aqui jogam também as tecnologias de Perfect Natural Motion, Micro Dimming Pro e Motion Compensated De-Interlacing.

O resultado é facilmente percecionado a olho nu em imagens de grande detalhe, onde as paisagens servem como melhor exemplo, mas não será tão rico em muitos dos conteúdos visionados nos televisores, como noticiários e talk shows, onde será necessário que os participantes usem mais base para não se notar o grão da pele…

Tudo pela Smart TV: Apps, Cloud e até luz ambiente em toda a sala


Tal como acontece noutras marcas a Philips continua a apostar na Smart TV para acrescentar conteúdos e aplicações aos seus televisores. Albert Mombarg mostrou os últimos números – de todos os fabricantes – que revelam que nos últimos 18 meses o número de Smart TVs ativas cresceu 250%, impulsionadas sobretudo pelos mercados do Brasil e Rússia.

E o nível de utilização é também crescente: 81% das Smart TVs são usadas mais de 25 vezes por mês. “Os utilizadores estão a reconhecer que as suas TVs são Smart e a usar as funcionalidades. […] Num futuro próximo todas as TVs estão ligadas”, sublinha.

O anúncio do lançamento da Cloud TV, feito ontem, e do Cloud Explorer, são mais dois argumentos que a marca junta ao seu portfólio. Estão já garantidos
600 canais a nível global e a TP Vision está a trabalhar em várias regiões para garantir conteúdos locais, como acontece no norte da Europa, sendo expectável que esta estratégia também se alargue aos países do sul, nomeadamente a Portugal.

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Para os utilizadores portugueses que tenham comprado uma Smart TV da Philips
em 2012 ou 2013 – as únicas que recebem este upgrade – está garatido o
acesso a todos os canais que tenham direitos localmente, mas o mais
interessante pode ser a funcionalidade de Cloud Explorer, com ligação à
Dropbox para ver os conteúdos aí guardados, onde as fotos e vídeos podem ter
mais sucesso.



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As aplicações continuam também a fazer parte do universo da
Smart TV e a Philips conta com mais de 1.870 apps, às quais se junta este ano
o Spotify e o Netflix para algumas regiões. O serviço de vídeo já está no
Reino Unido e países nórdicos e chega agora também à Holanda.

Um último destaque para a funcionalidade Ambilight com que a
Philips continua a iluminar as salas dos seus clientes. Em julho o sistema
que era só usado para dar cor às molduras laterais dos televisores foi
estendido a toda a moldura do aparelho, nas quatro faces, mas pode ser
alargado também a outras partes da sala, em sintonia com a imagem que passa
no ecrã.

Com a aquisição de lâmpadas especiais e a ajuda de uma app para smartphones
pode controlar a intensidade, cor e sintonia das luzes dos candeeiros. O
sistema chama-se Hue e parece psicadélico, mas até funciona…



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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador